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Estado de Minas

Terreno onde prédio desabou no Bairro Buritis segue instável

Segundo o Crea-MG, a terra ainda se movimenta, mas com intensidade menor, pois há menos pressão sobre o terreno


postado em 31/01/2012 17:01 / atualizado em 31/01/2012 17:27

Os laudos apresentados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), na tarde desta terça-feira, não apontaram culpados pela ocorrência de movimentação de terra na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. Em terrenos da rua estavam o edifício Vale dos Buritis, que desabou no início de janeiro, e um dos prédios do Condomínio Art De Vivre, que foi demolido devido aos riscos de ruptura da estrutura. Outra torre do condomínio está interditada. Segundo o Crea, o terreno continua instável e se movimentando.

A movimentação é bem menor do que acontecia antes dos edifícios virem abaixo, já que as estruturas faziam pressão sobre o solo. A instabilidade do terreno pode aumentar ainda mais a angústia dos moradores de um prédio na Avenida Protássio Penna, que fica abaixo da Rua Laura Soares, e que pode ser atingido por um novo desabamento.

A Superintendência de Desenvolvimento da Capital iniciou os trabalhos de contenção da encosta na última quinta-feira. O prazo para a conclusão das obras é de 30 dias e o custo está estimado em cerca de R$ 800 mil. Os moradores só poderão voltar para os imóveis quando o terreno estiver totalmente estável.

Durante coletiva na tarde desta terça-feira, o presidente do Crea-MG, Jobson Andrade, e o engenheiro Clemenceau Chiabi Saliba Junior, do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-MG), responsável pelo laudo, afirmaram que não têm competência para apontar culpados. Os laudos serão encaminhados para a Justiça.  Alguns moradores dos edifícios interditados compareceram à coletiva e chegaram a fazer perguntas para os responsáveis.

Os laudos apontaram possíveis razões para a movimentação de terra que ocasionaram a queda de um dos prédios. Entre elas, deficiências no sistema de microdrenagem da rua, movimentações de terra anteriores, abatimento de parte da rua, compactação inadequada de reaterro de vala e corte de terreno no fundo dos edifícios, além da existência de nascentes de água até 200 metros no entorno.

Moradores

A advogada dos moradores do Vale dos Buritis disse que ficou surpresa com os apontamentos dos laudos. Segundo Karen Myrna Castro Mendes Teixeira, ela ficou sabendo do estudo através da imprensa e não sabe o porque foi feito, já que o órgão não tem competência para apontar os culpados. “Não é a finalidade do órgão acusar alguém, então eu pergunto, porque eles soltaram um laudo tão vazio”, disse a advogada. “ Sei que o Crea do RJ foi bem eficiente nos desabamentos dos prédios, o contrário do que daqui. Não sei se foi nessa intenção de se mostrar presente, mesmo que tardiamente, que eles se manifestaram”, afirmou.

(Com informações de Fernanda Penna, da TV Alterosa)


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