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Estado de Minas

Laudo não aponta culpados no desabamento no Buritis


postado em 31/01/2012 07:01 / atualizado em 31/01/2012 08:06

Seis problemas podem estar entre as causas da movimentação de terra na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, onde ocorreu o desabamento do Edifício Vale dos Buritis, a demolição de um dos prédios do Condomínio Art De Vivre e a interdição de outro. As possíveis razões serão apresentadas hoje pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). Elas têm como base análises do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia ( Ibape-MG) sobre dois laudos entregues ao conselho pelas construtoras. O laudo técnico, no entanto, não é conclusivo e não aponta responsáveis pelos danos aos imóveis.

“O que ocasionou o desabamento foi o deslocamento do maciço de terra que foi potencializado pela presença da água no solo e pela declividade acentuada. A origem dos fatores pode estar entre as seis causas listadas no relatório”, diz o presidente do Ibape, Frederico Correia Lima Coelho.

Na lista adiantada por ele estão deficiências no sistema de microdrenagem da rua, movimentações de terra anteriores, abatimento de parte da rua, compactação inadequada de reaterro de vala e corte de terreno no fundo dos edifícios, além da existência de nascentes de água até 200 metros no entorno.

MORADORES


A divulgação do documento, entretanto, não é vista com empolgação pelos moradores do Vale dos Buritis. Segundo a advogada Karen Myrna Castro Mendes Teixeira, o laudo não interfere no andamento processual. “Quando o juiz determinou que o Crea se manifestasse, ele informou que não teria a prerrogativa de apresentar laudos em juízo. Um posicionamento agora pode causar mal estar entre as partes”, disse.

A defesa da Estrutura Engenharia aposta em uma sequência de erros no sistema de drenagem da rua, na rede de abastecimento de água e no corte do terreno. “Foram circunstâncias já existentes, agravadas pelas fortes chuvas. Não há erros construtivos”, garante o advogado Eduardo Cordeiro.

Enquanto isso, os moradores afetados estão em imóveis alugados. O processo judicial está na fase de avaliação pericial. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), os trabalhos para contenção no talude da encosta foram iniciados. O prazo para a conclusão da obra é de 30 dias e o custo estimado é de R$ 800 mil. A Sudecap descarta a construção de uma rede de drenagem subterrânea na rua dos prédios. (VL)


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