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Estado de Minas

Homem é esmagado por elevador enquanto trabalhava em prédio residencial no Bairro Sion

Ele ficou preso entre o elevador e a parede do fosso, em um espaço de 30 centímetros de largura, entre o sexto e sétimo andares


postado em 29/01/2012 14:26 / atualizado em 29/01/2012 17:35

A família do jovem não tinha notícias dele deste a tarde de sábado(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
A família do jovem não tinha notícias dele deste a tarde de sábado (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


O técnico de manutenção Bruno César Araújo Bento, de 24 anos, morreu esmagado pelo elevador que consertava em um prédio residencial de 12 andares na Rua Califórnia, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele ficou preso entre o elevador e a parede do fosso, em um espaço de 30 centímetros de largura, entre o sexto e sétimo andares. Somente depois de mais de 20 horas é que a empresa dele procurou saber o que tinha acontecido, segundo parentes da vítima, apesar dos seus apelos. Os moradores também não desconfiaram de nada e acharam que a vítima tinha ido embora e esquecido a caixa de ferramentas no corredor, empurrando-a para o canto. O Palio branco usado pela vítima é novo, não tem a logomarca da empresa e permaneceu o tempo estacionado na rua, sem levantar suspeitas.

Bruno entrou no prédio às 14h45 de sábado e o porteiro não soube informar se ele havia saído. No início da tarde deste domingo, o corpo foi localizado. O tio de Bruno, o empresário Ediraldo Dias Araújo, de 52, contou que o sobrinho morava com os pais e dois irmãos. Ele conta que a família começou a ficar preocupada ainda na noite de sábado, quando a vítima não retornou do trabalho.

"Procuramos a empresa para saber os endereços onde Bruno tinha ido fazer manutenção, mas não quiseram passar. Disseram apenas que Bruno havia sumido com o carro da empresa", disse o tio, ressaltando que o sobrinho era responsável, sempre dava satisfações aos pais e avisava quando ia se atrasar ou passar a noite fora. "A empresa passou para a família apenas a placa do carro que Bruno usava. Ficamos o tempo todo telefonando para a polícia para saber se havia ocorrido um acidente, ou outra ocorrência envolvendo o carro. Procuramos até em hospitais", conta o amigo da vítima, o motorista Sidney Corsino, de 35. A namorada de Bruno conversou com ele por telefone às 14h de sábado, pouco antes dele pegar serviço. Depois, ela não conseguiu mais contatos.

Por volta das 11h deste domingo, um colega de trabalho de Bruno conseguiu os endereços de onde ele deveria ter ido no sábado e passou para a família. "Quando chegamos ao prédio, representantes da empresa já estavam no local com um advogado e não queriam que a gente chamasse a polícia", disse Sidney. O tio Ediraldo conta que Bruno ainda tinha outro elevador para consertar quando deixasse o Sion. "Ele não compareceu e a empresa mandou outro funcionário no lugar. Nem procurou saber o que tinha acontecido com o funcionário", reclama o tio.

Moradores do prédio não quiseram comentar o acidente. Como o edifício tem dois elevadores e o do acidente já estava parado com defeito, eles também não desconfiaram de nada. Na tarde de ontem, ainda era grande a movimentação de policiais militares e de bombeiros no prédio, aguardando a perícia da Polícia Civil para retirar o corpo. Uma equipe da Civil esteve no local, mas, por se tratar de acidente de trabalho, a perícia tinha que ser feita pela equipe da engenharia.

A empresa responsável pela manutenção do elevador, Atlas Schindler, divulgou nota lamentando a morte do funcionário e disse que está tomando todas as providências e assistência aos seus familiares. "A Atlas Schindler informa ainda que está acompanhando e contribuirá com a investigação e elucidação do caso", diz a nota.


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