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Estado de Minas

Mulher que ficou tetraplégica após acidente há sete anos faz fisioterapia até hoje

Em entrevista ao Estado de Minas ela fala de sua batalha, alerta motoristas para o risco de dirigir sob efeito de álcool e concentra suas esperanças nas pesquisas com células-tronco.


postado em 17/01/2012 06:00 / atualizado em 17/01/2012 07:32

Adriane Souza Batista, 30 anos(foto: beto magalhães/EM/D.A PRESS )
Adriane Souza Batista, 30 anos (foto: beto magalhães/EM/D.A PRESS )

 

Como foi o acidente?

Não lembro muito. Estávamos eu, meu irmão e uma amiga, que dirigia. Ela foi desviar de uma bicicleta, o carro capotou e caiu em uma ribanceira. Desmaiei e só acordei dois meses depois, no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Fiquei em coma induzido nesse período.

A moça que dirigia havia ingerido bebida alcóolica?

Sim. Todos no carro havia bebido. Hoje, vejo que a mistura álcool e direção não combina. Para quem está no trânsito, ainda dá tempo de pensar.

 Quando soube que havia ficado paraplégica?

Não lembro quem me deu a notícia, mas quando soube foi um desespero. Eu tinha 23 anos, trabalhava como subgerente em uma padaria, namorava e queria continuar estudando. Fiquei revoltada. Foi muito difícil. Continua sendo.
 

Quanto tempo você ficou internada?

No João XXIII, fiquei por seis meses. Depois que fui para casa, comecei a fisioterapia na PUC, depois no Sarah (Hospital Sarah Kubitschek) e agora estou em uma clínica particular. Faço exercícios respiratórios e também para não atrofiar os membros.
 
Do que mais sente falta?


De poder andar. Queria passar a mão no meu rosto, pentear o cabelo e não posso.

 O que faz no dia a dia?

Leio, uso o computador. Tem um programa que dá para mexer na tela com os olhos. Assim, acompanho reportagens de células- tronco, na esperança de que um dia elas serão usadas na medicina e poderei voltar a andar.
 
O que dizer para pessoas que se arriscam no trânsito?


É preciso pensar muito na vida. A gente pensa que as coisas ruins não acontecem com a gente, só com os outros, mas pode acontecer com qualquer um. Para ir para uma cadeira de rodas é questão de minutos. Já para sair dela, somente com um milagre. Quando bebem e dirigem, as pessoas pensam que podem tudo, mas não é bem assim. Tudo tem conseqüências.


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