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Estado de Minas

Suspeitos de envolvimento com esquema de Beira-Mar negam lavagem de dinheiro

Policiais cumpriram mandados em Belo Horizonte na Operação Scriptus. O objetivo era prender pessoas envolvidas no processo de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Complexo do Alemão


postado em 01/12/2011 11:35 / atualizado em 01/12/2011 12:38

Suspeitos foram presos no Bairro Serrano, Região da Pampulha(foto: Beto Magalhães/EM DA Press)
Suspeitos foram presos no Bairro Serrano, Região da Pampulha (foto: Beto Magalhães/EM DA Press)

Os jovens Rodrigo Garcia Pessoa Lara, 27 anos, e Fábio Moreira Campos, 28 anos, detidos na manhã desta quinta-feira durante a Operação Scriptus negaram envolvimento com o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Ele são sócios de uma empresa de cobrança que, segundo investigações da polícia fluminense, recebeu R$ 30 mil de um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico no Complexo do Alemão (RJ). Na conta deles, houve movimentação de até R$ 10 milhões, segundo levantamentos da polícia.


A polícia apresentou os suspeitos no Departamento de Investigação Antidrogas de BH. Fábio negou participação na lavagem de dinheiro. Disse que apenas emprestou o nome para o amigo de infância, Rodrigo, para abertura da empresa. O segundo suspeito afirmou que não sabia do esquema.

Investigação

Durante a ocupação da favela no ano passado, a polícia carioca encontrou 14 retalhos de papel pautado, com manuscritos de Fernandinho Beira Mar. Eram instruções para membros do Comando Vermelho, facção liberada pelo traficante. O material apreendido revelou o esquema responsável pela obtenção de grande parte das armas e drogas na comunidade, além de apontar como era feita a lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, cerca de dez toneladas de maconha, das 40 apreendidas durante a operação de ocupação, chegaram ao Complexo do Alemão por meio do esquema montado pelo traficante.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, a análise do material identificou também a existência de uma espécie de “terceiro setor”, integrado por pessoas físicas e jurídicas, sediadas em Foz do Iguaçu, Mato Grosso do Sul e Belo Horizonte, que tinham como função dar uma aparência de legalidade ao dinheiro obtido com o tráfico de drogas.

Esquema


Grandes quantias de dinheiro eram depositadas nas contas bancárias de aliados que se associaram ao grupo criminoso, exercendo o papel de “agentes depositantes”. Rodrigo e Fábio são suspeitos de fazer parte desse grupo. A polícia descobriu essa ligação por meio de um extrato bancário. Durante as apurações, a Polícia Civil fez o bloqueio e sequestro dos saldos das contas bancárias envolvidas no esquema, por onde circulavam mais de R$ 20 milhões.

A partir daí, seguem as investigações e será possível atingir o patrimônio dos bandidos, construído com dinheiro ilícito. As pessoas envolvidas no esquema, e procuradas na operação de hoje, podem responder por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Operação

Cerca de 200 policiais foram para as ruas no início da manhã desta quinta-feira. A ação deve cumprir 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, em várias cidades, incluindo Belo Horizonte. Até o meio da manhã sete pessoas foram presas, sendo uma no Rio de Janeiro e as demais nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul.


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