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Estado de Minas

Suspensão de obra na Savassi ainda sem consenso entre lojistas

Lojistas da Savassi decidem nos próximos dias se pedirão paralisação da reforma à prefeitura para turbinar vendas no período do Natal. Por enquanto, eles estão divididos


postado em 21/10/2011 06:00 / atualizado em 21/10/2011 06:27

Transtornos e prejuízos já provocaram muitas reclamações de comerciantes da região nos últimos meses(foto: MARIA TEREZA CORREA/EM/D.A PRESS %u2013 4/10/11 )
Transtornos e prejuízos já provocaram muitas reclamações de comerciantes da região nos últimos meses (foto: MARIA TEREZA CORREA/EM/D.A PRESS %u2013 4/10/11 )


A ação de flanelinhas e estacionamentos irregulares não são o único problema da Savassi. A possível paralisação das obras de revitalização no fim do ano é tema de debate de lojistas. De olho na época mais lucrativa do ano, o Natal, eles vão decidir, nos próximos dias, se querem ou não a paralisação das obras durante o período que antecede as festas de fim de ano. A data é a aposta de muitos para recuperar os clientes que fugiram da região depois do início das obras e, assim, fechar o ano com as contas no azul.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas), Nadim Donato Filho, informou que deve se reunir semana que vem com donos de lojas e representantes da Associação de Lojistas da Savassi (Alsa) para decidir o futuro do comércio de uma das áreas mais tradicionais da capital. “Os lojistas estão perdendo muito e estão insatisfeitos”, afirmou.

Outro grupo também vai tomar partido. Em reunião na manhã dessa quinta-feira entre o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Murilo Valadares, os responsáveis pelas intervenções de requalificação e os lojistas, ficou acertado para dia 3 de novembro novo encontro da comissão de obras para decidir se haverá paralisação. “Inicialmente, eu achava que havia necessidade de parar tudo, mas, agora, penso que se as obras não atrapalharem em nada, não gerar barulho, poeira ou transtornos, sendo um deles menos vagas de estacionamento, não há motivos para interrupção”, disse o presidente da Associação de Moradores e Amigos da Savassi e diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Savassi, Alessandro Runcini.

A presidente da Associação de Lojistas da Savassi (Alsa), Maria Auxiliadora Teixeira de Souza, diz que a maioria dos comerciantes quer a interrupção das atividades em dezembro. “É importante para dar mais espaço e conforto aos clientes, mas, infelizmente, quem dará a posição final será a prefeitura”, afirmou. “Não sabemos qual será a consequência da obra e é triste ver colegas com 30 anos de Savassi tendo que fechar as portas. Estamos no prejuízo há vários meses”, reclamou.

No meio desse fogo cruzado, o empresário Fábio Costa diz não saber mais qual posição tomar. “O lojista da região está completamente perdido. O resultado da obra é completamente decepcionante, pois não há áreas verdes nem escoamento de água. Pensávamos que teríamos uma Savassi arborizada, mas está tudo na contramão do que imaginávamos”, disse.

Os comerciantes formaram o Movimento pela Agilização das Obras na Savassi (Maos) e já fizeram vários protestos por causa dos transtornos. Em agosto, as lojas fecharam as portas por uma hora e cerca de 100 pessoas deram abraço simbólico no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo para pedir organização, limpeza e o agilidade nas intervenções. Segundo dados do Sindilojas e do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, o faturamento caiu, em média, 55% e pelo menos 200 funcionários haviam sido demitidos até agosto.

 

"Os lojistas estão perdendo muito com a obra de revitalização da Savassi e estão insatisfeitos", Nadim Donato Filho, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas)´ (foto: EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS / 13/11/10)
 

 

Palavra de especialista

Silvestre Andrade
consultor em trânsito



Infração punida com rigor

“As regras precisam ser claras, entendidas e cumpridas por todos para que tudo funcione. Não acredito em educação de trânsito para o adulto que já tirou carteira e que sabe as regras do trânsito. Não resolve. Campanhas educativas são importantes, mas não para o motorista em si, e sim, para reforçar o entendimento dos cidadãos de forma geral.
Os maus condutores precisam ter punição. A sociedade não pode ser afrontada e achar  que é normal. São fundamentais a fiscalização, a multa e o reboque. Não existe indústria de multa nem o reboque é uma agressão. O que ocorre é uma indústria de infrações de trânsito, que ocorrem muito mais que qualquer quantidade de multa. Infelizmente, a fiscalização é muito branda, e as infrações precisam ser punidas severamente.”


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