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Estado de Minas

Imprudência de volta ao Anel Rodoviário de BH

Motoristas de carretas, caminhões e ônibus não obedecem mais à sinalização que os obriga a circular pela direita e, em alta velocidade, invadem outras pistas da rodovia


postado em 17/10/2011 06:19 / atualizado em 17/10/2011 07:05

A instalação no Anel Rodoviário de Belo Horizonte de radares, placas de trânsito com regras restritivas de velocidade e de bases policiais em locais como a entrada do Bairro Betânia, na Região Oeste da capital, não está mais inibindo caminhoneiros imprudentes que passam por ali para chegar a Contagem ou à BR-381, sentido Espírito Santo. Bastou a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) ter removido os cones que interromperam a pista direita da via, até o trevo do Betânia, para que as atitudes irresponsáveis voltassem a dominar a via. A reportagem do Estado de Minas constatou sexta-feira que a sinalização que obriga caminhões e ônibus a trafegar apenas pela direita é simplesmente ignorada pelos caminhoneiros, que continuam a rodar em alta velocidade, ocupando, ao mesmo tempo, duas ou até três pistas.

As medidas que seguraram por algum tempo os desastres frequentes naquela via, como o ocorrido em 29 de janeiro, com cinco mortos e 11 feridos, mostram não fazer mais efeito. Os condutores dos veículos longos e pesados fecham motociclistas e carros de passeio. A forma como o acidente ocorreu é a mesma de vários outros: carretas carregadas, vindas da BR-040, sentido Contagem, mergulham por essa descida comprida ainda em ritmo de viagem. Em seu curso, encontram os carros e motos que ali circulam.

Tida como uma das vias mais perigosas pela Polícia Militar, o Anel Rodoviário é um exemplo de que o tráfego pesado ainda é um dos principais problemas de segurança nas rodovias, uma vez que o país não escoa suas mercadorias por ferrovias e hidrovias. Grandes caminhões e carretas que ameaçam a vida nas rodovias federais também são um problema nas estradas estaduais, como o Anel Rodoviário e a MG-424. De acordo com a PMRv, de janeiro a agosto houve 5.914 acidentes com veículos de carga nas BRs delegadas e nas MGs. Faltando ainda quatro meses para o fim do ano, esse número se mostra 61% maior do que os registros do ano passado, quando 3.666 ocorrências foram computadas pelos militares.

Ante os 17.224 acidentes totais contabilizados em 2011, os que envolveram veículos de carga representaram 34% do total. No Anel Rodoviário há ainda outros pontos de retenção, como o Viaduto São Francisco e sobre o Bairro Universitários, onde as pontes de duas faixas são mais estreitas do que o restante da via, que abriga três, aumentando ainda mais os perigos que circulam ao lado dos veículos de carga.

Recordista
Minas Gerais é líder no número de autorizações especiais de trânsito (AET) emitidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para cargas com mais de 4,4 metros de altura, 2,6 metros de largura ou comprimento superior a 19,8 metros. Foram 14.122 emissões de janeiro a junho, 22% das autorizações nacionais. O número é 70% maior que o registrado em 2008 e significa mais carretas de grande porte nas estradas e mais conflitos com os automóveis.

Segundo policiais rodoviários, o principal problema dos caminhoneiros é a falta de locais para que façam mais paradas, descansando e mantendo os veículos em condições. Sugestões e incentivos para criações de mais espaços assim, que tenham segurança para os motoristas e suas cargas, estão sendo preparados junto do Plano de Transporte do Estado, que a PMRv deve encaminhar ao governo ainda neste ano.

Obras em 2012

O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) informou que uma passarela para a MG-424 é uma das prioridades para 2012. Ainda de acordo com o órgão, projeto para alargar pistas e construir áreas de acostamento, escapes e travessias para a via está pronto e foi incluído no orçamento do ano que vem. Também foi informado que 524 quilômetros de rodovias estaduais no entorno da capital serão recuperados e mantidos por meio do Pró-MG. A ordem de início das obras foi assinada em agosto. Serão beneficiados 30 municípios e investidos R$ 148,6 milhões por um período de quatro anos.

 


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