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Estado de Minas

Estudante que luta contra leucemia fica cara a cara com o ídolo atleticano


postado em 21/07/2011 06:00 / atualizado em 21/07/2011 06:22

Felipe, de 25 anos, portador de leucemia, faz campanha na internet para conseguir doadores para transplante de medula óssea(foto: Arquivo Pessoal )
Felipe, de 25 anos, portador de leucemia, faz campanha na internet para conseguir doadores para transplante de medula óssea (foto: Arquivo Pessoal )

A ala de transplantes de medula óssea, no 10º andar do Hospital Socor, ganhou mais vida com a visita do ex-jogador de futebol do Atlético Marques, hoje deputado estadual e comentarista esportivo da TV Alterosa. O craque compareceu nessa quarta-feira à tarde, de forma espontânea, ao quarto do estudante Felipe Henrique da Silva, de 25 anos. Portador de leucemia, no dia anterior, em reportagem do Estado de Minas, ele havia manifestado o sonho de conhecer o ídolo dos gramados.

Quem presenciou a euforia de Felipe diante da visita inesperada pode até ter presumido que ele havia conseguido o doador de medula óssea compatível (a chance é de um em cada 100 mil doadores). Não era, mas o encontro com o ex-atacante o deixou emocionado. “Foi algo extraordinário”, contou. Depois da de receber o ex-jogador, ele precisou ficar recolhido, descansando para recuperar as forças. Ele passou parte da tarde relembrando com Marques momentos que considera decisivos na carreira do jogador, gols e lances das partidas até a aposentadoria dele no Atlético.

O ex-craque preferiu não avisar a imprensa e recusou-se a posar para fotos, alegando que seria uma “publicidade gratuita” e que estava ali com o único objetivo de atender ao sonho do atleticano Felipe.

Marques saiu impressionado com a força de vida do garoto, que criou uma campanha pela internet convocando as pessoas a se tornarem doadores de medula óssea. A partir de um e-mail descontraído, enviado por um clique a 35 colegas do curso de Computação da PUC Minas, Felipe já conseguiu a adesão de pelo menos 300 pessoas do Brasil e até do exterior. Para conferir credibilidade à mensagem eletrônica, que está sendo distribuída nas listas de e-mail na internet, ele abriu os telefones dos pais, do hospital onde está internado e do Hemominas, onde deve ser feita a doação. O primeiro passo é doar 5 ml de sangue, para o teste de compatibilidade com todos os pacientes cadastrados no país que estão precisando de doadores.

Caso o sangue seja compatível com o de Felipe ou de outro paciente, o possível doador é procurado para confirmar a intenção de doar a medula óssea. “As pessoas fazem um pouco de confusão com isso, acham que vão ter de tirar um pedaço do osso, que podem ficar com problema na coluna. Mas não tem nada disso”, esclarece Felipe. Segundo a médica dele, Rosana Moraes Lamego, a retirada das células-tronco pode ser feita por meio de uma punção do osso da bacia ou da coleta de sangue periférico por meio de aférese, espécie mais sofisticada de coleta de sangue com uso de aparelho. Calcula-se que, hoje, 2,2 mil pessoas no Brasil estejam esperando por uma medula óssea compatível.


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