
O Siderúrgica é o único que atende gratuitamente a população da cidade. O hospital fazia atendimentos de média e baixa complexidade nas quatro clínicas médicas (cirurgia, pediatria, ortopedia e obstetrícia). A unidade realiza cerca de 65 mil atendimentos de urgência por ano. Cerca de 7.200 internações são feitas por ano na unidade.
O hospital já estava com o atendimento reduzido passando por um verdadeiro colpaso. Médicos estão sem receber salários há dois meses e marcaram o dia 15 de julho como data limite para trabalhar na unidade. Há cerca de três meses, o plantão para casos cirúrgicos e ortopédicos deixou de ser feito. O atendimento de casos graves na urgência está suspenso desde dia 6 desse mês, o que gerou sobrecarga em hospitais de cidades vizinhas. Os atendimentos nas áreas de obstetrícia e maternidade estão suspensos há mais de um ano. A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), recém implantada, não entrou em funcionamento por falta de dinheiro.
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MPE) ajuizaram ação civil pública para impedir o colapso no atendimento à saúde pública. O MPF acredita que há má gestão financeira do hospital. O órgão também afirma que o poder público repassa recursos insuficientes para o funcionamento da unidade. A ação quer a concessão de liminar para obrigar o poder público a adotar providências para garantir a prestação dos serviços de saúde.
Desde quarta-feira, nenhuma paciente foi internado no hospital e enfermos atendidos foram, aos poucos, recebendo alta. Esse processo era a preparação para a unidade fechar as portas. Os funcionários foram orientados a ficar em casa aguardando a decisão judicial sobre as condições do hospital.
Histórico
Em 2010, o Hospital Siderúrgica ficou fechado para o atendimento SUS durante 90 dias. A reabertura aconteceu depois de um aporte financeiro feito pelo Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais. A medida permitiu a abertura e garantiu os recursos para auxiliar no funcionamento por 10 meses. Mas, agora a unidade vive nova crise. O MPF acredita que há má gestão financeira do hospital. O órgão também afirma que o poder público repassa recursos insuficientes para o funcionamento da unidade.
