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Estado de Minas

Parque Serra do Curral é promessa que já dura duas décadas


postado em 07/06/2011 06:00 / atualizado em 07/06/2011 06:25

Vista da área verde: privilégio que ainda não pode ser estendido a toda a população(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press - 12/5/10)
Vista da área verde: privilégio que ainda não pode ser estendido a toda a população (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press - 12/5/10)


A batalha envolvendo a área do Instituto Hilton Rocha é travada por uma comunidade acostumada a impasses de longa duração. Que o digam aqueles que sonham em ver funcionando o Parque Serra do Curral, que já foi chamado de Parque Paredão da Serra e mudou de nome antes mesmo de abrir os portões. Uma história que remonta a pelo menos 20 anos, quando os moradores da região pediram à prefeitura a criação de uma unidade de conservação, como forma de proteger a serra. O projeto ficou engavetado durante 15 anos. Retomado, teve previsão de inauguração para 2008, no aniversário da cidade. Deste então, virou lenda de final incerto.

Uma série de desculpas da prefeitura adia o fim da novela. Depois do primeiro adiamento, a unidade foi prometida para dezembro de 2009, mais uma vez como parte das comemorações da festa da cidade, o que também não ocorreu. Vieram as chuvas de março de 2010 e a inauguração passou então para dezembro do mesmo ano. Chegou a data e responsáveis pelo espaço alegaram que era necessário investir em planos de segurança e em obras de contenção de encostas. Nova data foi anunciada no início de 2011: em 5 de junho, durante a Semana do Meio Ambiente, o parque abriria as portas para o público.

O dia passou e a história se repete: a unidade de conservação não está pronta, mais obras terão de ser feitas e projetos, adaptados. A promessa, agora, é de que daqui a três meses BH terá o parque esperado.

Mas os motivos para os atrasos pouco mudaram desde o primeiro adiamento. Apesar de não ser mais invadido por vândalos, o parque ainda está na fase final de projetos de segurança e contenção de encosta para chuvas, justificativa que foi dada também no início de 2010 ao Estado de Minas. “Vamos fazer a obra de contenção e o plano de contingência do espaço. Em três meses, o parque estará pronto”, promete o presidente da Fundação de Parques Municipais, Luiz Gustavo Fortini, que diz desconhecer a previsão de inauguração para a Semana do Meio Ambiente deste ano, que havia sido feita pelo diretor de Planejamento e Monitoramento da Fundação de Parques Municipais, Jorge Espeschit, ao EM, em matérias publicadas em 2010 e neste ano.

A unidade já teve investimentos de mais de R$ 1 milhão e a previsão é de que, para esta nova e, talvez, última fase, o custo seja de mais R$ 700 mil. “As obras de contenção visam a evitar erosão de terra, como ocorreu nas chuvas de 2010. Já o plano tem como objetivo a segurança de nossos visitantes”, explica Fortini.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Marcelo Marinho Franco, a comunidade, assim como todos os belo-horizontinos, está ansiosa para ver o parque pronto. “Afinal, foi uma conquista de toda a população de BH. As obras começaram bem, depois pararam. O espaço é garantia de proteção da flora e da fauna.”


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