Uma série de desculpas da prefeitura adia o fim da novela. Depois do primeiro adiamento, a unidade foi prometida para dezembro de 2009, mais uma vez como parte das comemorações da festa da cidade, o que também não ocorreu. Vieram as chuvas de março de 2010 e a inauguração passou então para dezembro do mesmo ano. Chegou a data e responsáveis pelo espaço alegaram que era necessário investir em planos de segurança e em obras de contenção de encostas. Nova data foi anunciada no início de 2011: em 5 de junho, durante a Semana do Meio Ambiente, o parque abriria as portas para o público.
O dia passou e a história se repete: a unidade de conservação não está pronta, mais obras terão de ser feitas e projetos, adaptados. A promessa, agora, é de que daqui a três meses BH terá o parque esperado.
Mas os motivos para os atrasos pouco mudaram desde o primeiro adiamento. Apesar de não ser mais invadido por vândalos, o parque ainda está na fase final de projetos de segurança e contenção de encosta para chuvas, justificativa que foi dada também no início de 2010 ao Estado de Minas. “Vamos fazer a obra de contenção e o plano de contingência do espaço. Em três meses, o parque estará pronto”, promete o presidente da Fundação de Parques Municipais, Luiz Gustavo Fortini, que diz desconhecer a previsão de inauguração para a Semana do Meio Ambiente deste ano, que havia sido feita pelo diretor de Planejamento e Monitoramento da Fundação de Parques Municipais, Jorge Espeschit, ao EM, em matérias publicadas em 2010 e neste ano.
A unidade já teve investimentos de mais de R$ 1 milhão e a previsão é de que, para esta nova e, talvez, última fase, o custo seja de mais R$ 700 mil. “As obras de contenção visam a evitar erosão de terra, como ocorreu nas chuvas de 2010. Já o plano tem como objetivo a segurança de nossos visitantes”, explica Fortini.
Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Marcelo Marinho Franco, a comunidade, assim como todos os belo-horizontinos, está ansiosa para ver o parque pronto. “Afinal, foi uma conquista de toda a população de BH. As obras começaram bem, depois pararam. O espaço é garantia de proteção da flora e da fauna.”