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Estado de Minas

Exames concluem que droga apreendida em Montes Claros não é oxi


postado em 20/05/2011 07:28 / atualizado em 20/05/2011 07:32

Exames de laboratório do Instituto de Criminalística de Belo Horizonte confirmaram que a droga apreendida semana passada em Montes Claros, no Norte de Minas, não é oxi. De acordo com uma fonte da Polícia Civil, trata-se de crack. O ácido bórico usado na composição do crack dá uma tonalidade mais clara à droga. Como a venda desse produto químico é controlada, os traficantes estão usando substitutos que deixam o crack com uma tonalidade mais escura, parecido com o oxi, o que pode confundir até mesmo os especialistas em entorpecentes. De acordo com a Polícia Civil, não há registro de apreensão de oxi em Minas.

Quarta-feira à tarde, 64 pedras de uma droga semelhante ao oxi foram apreendidas pela PM na Rua Expedito Ribeiro da Silva, no Bairro Suzana, Região da Pampulha. O material também foi encaminhado ao Instituto de Criminalística para exames de laboratório. Segundo a Polícia Civil, a droga estava escondida em um lote vago e pertenceria a Maicon Vieira dos Santos Castro, de 18, que estava próximo e confessou ser o dono. O suspeito foi preso e levado para a Delegacia Regional Venda Nova.

O suspeito contou que adquiriu certa quantidade da droga na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, pagando R$ 300. Cada pedra custaria R$ 5 e ele assumiu que somente na quarta-feira vendeu parte do material por R$ 1 mil. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, não há previsão de quando esse exame do Instituto de Criminalística ficará pronto. A delegada Gislaine Oliveira, da 3ª Delegacia de Venda Nova, instaurou inquérito policial.

Semana passada, a Polícia Civil admitiu à reportagem a possibilidade de circulação do oxi em Belo Horizonte, principalmente na região conhecida como cracolândia, no aglomerado da Pedreira Prado Lopes (PPL), no Bairro São Cristóvão, Região Nordeste. Segundo especialista da Polícia Civil, o princípio ativo do oxi é o mesmo do crack, que é o cloridrato de cocaína e alcalóides, porém com efeito bem mais devastador. “A diferença entre o crack e o oxi é morfologicamente a mesma. A tonalidade do Oxi é mais escura, como se fosse um doce de leite mais escuro. No entanto, a dependência química do oxi é inúmeras vezes maior do que do crack”, disse.

Ainda de acordo com o policial, o consumo frequente de oxi pode levar um terço dos usuários à morte em um ano de consumo, lembrando que a forma de consumo é a mesma que o crack, por inalação, usando cachimbos e maricas. “Na fabricação do oxi é aproveitado o ‘lixo’ da cocaína, que é merla, e adicionados produtos químicos como cal virgem, solução de bateria de automóvel, que tem ácido clorídrico, além de querosene, gasolina e outros derivados do petróleo para processar”, disse o policial.


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