
O corpo da secretária - que trabalhava numa faculdade particular da cidade -, foi encontrado em cima da cama, enrolado em um lençol, na manhã da última segunda-feira. Ela foi estrangulada e violentada sexualmente, além de ter sofrido várias ferimentos na cabeça. O principal suspeito do crime foi apontado como um homem que se apresentou a Janinha pelo nome de “Danilo Fernando”. Eles tinham se conhecido através de um site de relacionamentos duas semanas antes. O homem desapareceu ainda na madrugada de segunda-feira, deixando pra trás várias peças de roupas.
O suspeito chegou à cidade sábado à tarde e se hospedou na casa da secretária, que morava sozinha. O autor do crime levou duas máquinas fotográficas, dois telefones celulares e o notebook de Janinha, na tentativa de não deixar nenhuma prova contra ele, carregando também uma certa quantidade de dinheiro, cujo valor não foi revelado. Por outro lado, a policia conseguiu uma foto e uma imagem de Danilo registrada pela câmera de vídeo do sistema de segurança de uma padaria em Montes Claros, onde esteve domingo de manhã, em companhia da secretária.
A delegada Karla Silveira disse que, além do vídeo, as informações repassadas por outras vítimas de Danilo foram fundamentais para a identificação do suspeito. Segundo ela, o suposto autor da morte da secretária, sempre usando a internet, iludiu, roubou e abusou sexualmente de mulheres em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Mas, a moradora de Montes Claros foi a primeira vítima morta pelo estelionatário. “Com todas as vítimas, o golpe foi praticado do mesmo jeito. Um cara de boa aparência se apresentava pela internet e também abordava as mulheres em locais públicos. Com boa conversa, ela acaba iludindo as vítimas”, relatou a delegada.
Janinha teria sido morta porque depois de conhecer Danilo, anunciou que não queria nenhum relacionamento com ele. O laudo da necropsia revelou que, depois de agredir a mulher na cabeça, o autor do crime manteve relação sexual com ela, mesmo com a resistência da vítima. Ela foi estrangulada com um fio de uma antena de TV.
De acordo com as investigações, Danilo Éderson Fernandes tem parentes no Mato Grosso do Sul e duas irmãs em São Paulo, onde ficou preso entre setembro e dezembro de 2010, por estelionato, furto e roubo. Existe um mandado de prisão contra ele, expedido pela Justiça de Frutal (Triângulo
Mineiro), por furto.
