(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Selo do Unicef incentiva projetos

Representantes das 17 cidades mineiras vencedoras garantem dar continuidade a ações de melhoria na vida de crianças e jovens


postado em 17/12/2008 07:36 / atualizado em 08/01/2010 03:56

Aos 13 anos, John Meira é engajado em questões sociais de Montalvânia(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Aos 13 anos, John Meira é engajado em questões sociais de Montalvânia (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Promessas que ficam só nas palavras, ações que não saem do papel e discursos que somem com o tempo. Uma turma de municípios mineiros resolveu dizer basta a tudo isso e arregaçar as mangas para construir um futuro melhor, principalmente quando o assunto é criança e adolescente. Os 17 municípios do Norte de Minas Gerais e dos vales do Jequitinhonha e do Mucuri – que mostraram que somar forças entre poder público e sociedade civil é dever de quem quer o melhor para a própria cidade – receberam, na terça-feira, em Belo Horizonte, o Selo Unicef Município Aprovado para dar continuidade aos projetos desenvolvidos.

Eles avançaram nos indicadores de saúde, educação, esporte e nos índices sociais. Das 85 cidades do semi-árido mineiro, 71 aceitaram o desafio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) de melhorar o cenário nas áreas da infância e da adolescência. Foram 17 ganhadores do selo, 23% daqueles que toparam a proposta. E os resultados são significativos. Em 2004, por exemplo, a cada mil crianças nascidas vivas nas cidades certificadas com o selo, quase 22 morriam antes de completar um ano. Em 2006, o número caiu para 16 mortes, taxa menor que a média brasileira, de 18 para casa mil nascidos vivos.

Dos 13 indicadores de impacto monitorados pelo Unicef, os municípios certificados nesta edição avançaram em 10. A porcentagem de adolescentes de 14 e 15 anos com ensino fundamental concluído saltou em 40,5%, passando de 23,2% a 32,6%, no período de 2004 a 2007. A entrega do certificado aos 17 municípios foi feita no Hotel Mercure, no Bairro Lourdes, na Região Centro-Sul da capital. Como exemplo de mudanças, houve apresentação cultural de bandas e corais infantis das cidades certificadas. Além deles, outras crianças e adolescentes, também beneficiados com o desafio do Unicef, marcaram presença e avaliaram as transformações ocorridas.

“O selo é um abridor de portas”, definiu a estudante da cidade de Taiobeiras, no Norte de Minas, Letícia Souza Cruz, de 18 anos, que se disse satisfeita de ver como o município onde mora mudou depois de enfrentar o desafio. “A sociedade se mobilizou, deixamos de esperar medidas dos governantes, nos unimos a eles e propusemos as mudanças”, disse, ressaltando que ela mesma participou de fóruns e debates.

De Pai Pedro, no Norte de Minas, Enilson Francisco do Santos, de 18, disse que a principal diferença está na forma de pensar da comunidade. “As pessoas passaram a enxergar que o prefeito não trabalha sozinho, que é preciso integração e mobilização de todos. Nós, jovens, acompanhamos o orçamento da prefeitura nesse tempo e propusemos investimentos. A palavra é transparência.” Aos 13 anos, John Meira de Souza acredita mais no potencial da sua cidade, Montalvânia, que este ano ganhou o selo pela segunda vez. “O asfaltou chegou lá, temos praça de esportes, com quadras e torneios. As escolas foram reformadas e dá até mais gosto de estudar. Adoro morar em Montalvânia.”

Exemplo

O interessante, segundo a coordenadora da Unicef em Minas Gerais, Anna Penido, é poder acompanhar o crescimento dos municípios. Para ela, o selo consegue mobilizar as pessoas, que buscam medidas e ações para melhorar o local onde vivem. “Assim, elas desenvolvem capacidades, vontade política e prestam atenção na gestão municipal”, avaliou, antecipando que em 2009 a intenção é estender o prazo de validade do selo, que hoje é de dois anos. “Pensamos em ampliar para três anos, pois assim as ações vão englobar quase a metade de uma gestão municipal, o que daria mais tempo para que os projetos sejam desenvolvidos”, justificou.

Em relação ao potencial de Minas Gerais, em que muitos indicadores estão melhores do que o resto do país, Anna aposta que o estado é referência. “Minas pode se tornar um exemplo para cidades do semi-árido brasileiro, pois há, realmente, investimentos para que projetos para crianças e adolescentes sejam concretos”, afirmou, destacando que nesta edição, das 17 cidades contempladas, seis ganharam o selo pela segunda vez. “Eles cumpriram metas e conquistaram novas realidades.”

AS CERTIFICADAS

Norte de Minas

Águas Vermelhas
Catuti
Cônego Marinho
Espinosa
Itacarambi
Mamonas
Montalvânia
Ninheira
Nova Porteirinha
Pai Pedro
Patis
Ponto dos Volantes
Rio Pardo de Minas
Salinas
Taiobeiras

Vale do Jequitinhonha


Almenara
Araçuaí


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)