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Estado de Minas

Polícia fecha cerco a restante da quadrilha que assaltou carro-forte


07/11/2008 07:53 - atualizado 08/01/2010 04:06

1 - Antônio Bento era encarregado de fornecer detalhes do veículo / 2 - Antônio Carlos Gomide alugou sítio para abrigar quadrilha / 3 - Almir Felizardo foi contratado como olheiro para vigiar polícia
1 - Antônio Bento era encarregado de fornecer detalhes do veículo / 2 - Antônio Carlos Gomide alugou sítio para abrigar quadrilha / 3 - Almir Felizardo foi contratado como olheiro para vigiar polícia (foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil de Minas Gerais deve estender as buscas aos outros quatro suspeitos de participar do roubo de um carro-forte, na terça-feira, na Rodovia Fernão Dias (BR-381), perto de Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas, para além das divisas estaduais. A suspeita é de que os integrantes da quadrilha já tenham ultrapassado os limites do estado com o dinheiro e as armas. Entre os foragidos estaria Márcio do Carmo Pimentel, o Ian, identificado como chefe da quadrilha e também responsável por suceder o bandido José Ribamar, conhecido por Loirinho, morto em 2006, em um dos principais bandos de roubo a bancos e carros-fortes do país, com atuação em pelo menos sete estados.

Na manhã dessa quinta, na Delegacia Especializada em Repressão às Organizações Criminosas, foram esclarecidos detalhes da atuação dos criminosos e da Operação Marlboro – continuidade das operações Fortaleza e Vandec, responsáveis pela prisão de 38 pessoas envolvidas com roubo a bancos e carros-fortes, no ano passado. As investigações tiveram início há sete meses e até agora sete foram detidos.

1 - Marcelo Augusto Francelino seguiu trajeto a partir da transportadora / 2 - Cláudio Guimarães, o Morcego, feriu a tiros quatro seguranças / 3 - Márcio do Carmo Pimentel, o Ian, é o chefe do bando e está foragido
1 - Marcelo Augusto Francelino seguiu trajeto a partir da transportadora / 2 - Cláudio Guimarães, o Morcego, feriu a tiros quatro seguranças / 3 - Márcio do Carmo Pimentel, o Ian, é o chefe do bando e está foragido (foto: Polícia Civil/Divulgação)


Na primeira fase da operação, em outubro, duas pessoas foram presas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. José Saulo dos Reis Júnior e Douglas Luciano da Silva Branquinho, conhecido por Menudo, são suspeitos de planejar roubos a bancos e estão envolvidos em vários assaltos. Com eles foram encontrados documentos falsos, um computador portátil, R$ 2,8 mil, uma caixa de munição 9mm e um adaptador para fixação de metralhadora calibre 50 – armação antiaérea usada na maioria dos roubos a carros-fortes da quadrilha. Para não atrapalhar as investigações, a polícia manteve em sigilo as prisões.

Operação


Apesar da captura dos integrantes da quadrilha, não foi possível evitar o roubo ao carro-forte, pois dias antes não houve comunicação por telefone entre os suspeitos. A segunda fase da operação teve início na terça-feira, depois do crime. Horas depois de os bandidos levarem R$ 1,38 milhão, em dinheiro, cinco suspeitos foram detidos em Varginha, a cerca de 48 quilômetros do local do roubo. Cláudio Guimarães Silva, o Morcego, Almir Felizardo, Marcelo Augusto Francelino, Antônio Carlos Gomide e Antônio Bento Serafim foram identificados por participar da ação em situações diferentes.

Cláudio é o único com atuação direta no roubo. No momento da abordagem, ele usou um fuzil para acertar os vigilantes. Almir foi contratado como olheiro para observar a movimentação policial na estrada e avisou, por celular, a passagem do veículo. Antônio Carlos teve como obrigação a logística e o aluguel de um sítio, em São Tomé das Letras. Os outros dois presos – Antônio Bento e Marcelo – ficaram encarregados de fornecer horários, trajeto, valores e outros pontos relacionados à transportadora.

Novo cangaço

Segundo o chefe do Departamento de Investigação de Crime contra o Patrimônio, delegado Antônio Carlos Corrêa de Faria, desde 2005 não ocorria um roubo a carro-forte no estado e os bandidos tinham migrado para outra especialidade: o novo cangaço, no qual os bandidos sitiam uma pequena cidade, levam os principais bens e, em seguida, fogem por estradas vicinais e de terra, sempre usando armamento pesado e atuando em bando. “Em março, o irmão de Márcio, Marcos Carmo Pimentel, foi preso no Mato Grosso com quatro fuzis, entre os quais um .50”, afirma.

Os presos devem ser autuados em flagrante por formação de quadrilha, roubo à mão armada, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e munições privativas do Exército. A pena mínima é de 30 anos de detenção.


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