O Brasil foi rotulado no passado como "país do futebol", esporte ainda preferido dos brasileiros. Porém, neste domingo, o país será também da "bola oval", quando milhares de pessoas irão se reunir para acompanhar o Super Bowl LVII, às 20h30min, no confronto entre Philadelphia Eagles e Kansas City Chiefs, no Arizona, na final da NFL. Com os dois times de melhor campanha na decisão, o Super Bowl reúne as duas equipes mais consistentes da temporada. A última vez em que isso ocorreu foi no Super Bowl LII, e envolveu justamente o Eagles, que superou o New England Patriots de Tom Brady.
Recheado de atrações, o futebol americano segue em trajetória ascendente no mercado nacional. Atualmente são cerca de 35,4 milhões de fãs no Brasil, de acordo com dados de novembro de 2022 da Sponsorlink, do Ibope Repucom. A pesquisa investiga hábitos e atitudes sobre patrocínios, consumo de meios e comportamento de compra entre fãs de campeonatos e modalidades esportivas. Do universo do levantamento que representa 110,5 milhões de internautas brasileiros com 18 anos ou mais, 32% se declararam interessados ou muito interessados pelo futebol americano. Há dez anos, o número de fãs do esporte mais popular dos Estados Unidos no Brasil era de três milhões, de acordo com a Sponsorlink.
QUANTO VALE? A final do futebol americano funciona como um grande show, uma ótima oportunidade de as principais marcas globais exibirem seus produtos. Afinal, trata-se do espaço mais disputado e mais cara da publicidade mundial. Especula-se que os valores no evento deste ano girem na casa dos US$ 7 milhões por 30 segundos de exibição. Nos últimos anos, Fox e NBC adotaram um cronograma de venda mais agressivo, meses antes do evento, o que resultou em lucros maiores (veja abaixo).
Apesar dos altos valores, já no fim de setembro a Fox Sports, detentora da transmissão nos Estados Unidos em 2023, já havia comercializado cerca de 95% dos espaços. Isso aconteceu antes mesmo do início da temporada, o que demonstra a força do evento.
AUDIÊNCIA O valor é proporcional aos números impressionantes de audiência que o jogo atinge. O Super Bowl LVI, entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams, foi assistido por mais de 112 milhões de pessoas no ano passado. Na ocasião, segundo a NBC Sports, foi quebrado o recorde de faturamento com o minuto publicitário mais caro da história do evento: mais de US$ 6 milhões por 30 segundos. Foram exibidos 58 anúncios, o que significa que o faturamento ultrapassou US$ 400 milhões apenas com estas peças.
PUBLICIDADE O intervalo comercial do Super Bowl acaba sendo um momento especial para a publicidade, em que muitas marcas anunciantes estreiam comerciais produzidos especialmente para o evento, com produções sofisticadas, participação de celebridades e, naturalmente, altos investimentos. Os comerciais do Super Bowl movimentam a imprensa especializada, que, no dia seguinte ao evento, fazem rankings e listas dos comerciais mais criativos. Alguns desses trabalhos publicitários, inclusive, são premiados, posteriormente, em grandes festivais de criatividade, como o Cannes Lions.
SHOW DO INTERVALO Até a década de 1990, as apresentações no intervalo da grande final eram, em sua maioria, feitas por bandas marciais universitárias. Nessa mesma década, contudo, a NFL mirou na música pop para transformar o intervalo do jogo em um grande espetáculo. Com isso, o Halftime Show tornou-se um dos momentos mais aguardados do ano, com apresentações de artistas de renome internacional.
Já passaram pelo palco do Halftime Show nomes como Michael Jackson, New Kids on the Block, Gloria Estefan, Diana Ross, Stevie Wonder, Phill Collins, Christina Aguilera, Britney Spears, Aerosmith, N'Sync, U2, Paul McCartney, The Rolling Stones, Prince, The Who, Madonna, Beyoncé, Bruno Mars e outros. Hoje, a grande atração do show do intervalo será Rihanna. A apresentação marcará o retorno da estrela aos palcos após um hiato de cinco anos. É a primeira vez que Rihanna se apresenta no Super Bowl, o que faz com que o Halftime Show seja aguardado com grande expectativa pelos fãs. O show de Rihanna será transmitido também pela ESPN, detentora dos direitos do evento.