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Estado de Minas NO MELHOR MOMENTO

Com novo ateliê em BH, designer de acessórios anuncia loja em São Paulo

Foco de Carlos Penna é no varejo: 'Acredito muito na troca com o cliente', diz


11/09/2022 04:00 - atualizado 09/09/2022 11:35

carlos penna
(foto: Leca Novo/Divulgação)

Depois de uma longa pandemia, Carlos Penna tem muitas novidades para contar. O designer mineiro, nome à frente de uma das marcas de acessórios mais badaladas do Brasil, inaugurou seu espaço em fevereiro em Belo Horizonte, que funciona como ateliê, loja e vitrine para trabalhos de fora através do projeto Pouso. Para completar, ele se prepara para abrir em novembro uma loja em São Paulo.
 
Por quase dois anos, a casa alugada na Rua do Ouro, Bairro Serra, ficou fechada, em reforma. Carlos achou até bom para planejar como ocuparia o espaço. Ali ele cria todo um universo para a marca, com foco no varejo. Tanto que parou de participar de feiras e reduziu o número de clientes de atacado.
 
“Acredito muito na troca com o cliente. Como criamos acessórios diferenciados e com materiais maleáveis, precisamos mostrar as peças ao vivo, contar as histórias, ver se a ergonomia está certa. Isso faz mais sentido, o trabalho fica mais completo”, avalia o desginer, que gosta de receber as pessoas no ateliê e participar dos atendimentos. Alimenta seu processo criativo.

Brincos
(foto: Leca Novo/Divulgação)

Isso não é só da boca para fora, não. O contato com os clientes guiou Carlos na criação da última coleção, Coordenadas. As peças foram sendo construídas e lapidadas nas conversas com quem passava pelo ateliê. Algumas, inclusive, já estavam à venda. Como ele diz, o trabalho nunca está pronto, sempre tem algo para ser feito ou melhorado.
 
A nova coleção representa bem o momento da marca, que tem oito anos. O nome se refere às localizações geográficas que conectam sua história: Ipatinga (fábrica), Belo Horizonte (ateliê) e São Paulo (nova loja).
 
Além disso, materializa o desejo do designer de se distanciar do básico, com uma criação totalmente livre, experimentando materiais e formas. Sem se prender a tendências ou prazos.
 
“Falo que este é o nosso melhor momento. Estou sendo livre no meu processo criativo e posso trocar com pessoas que amam a marca. Era tudo o que queria.”
 
carlos penna acessorios
(foto: Leca Novo/Divulgação)
 
Carlos inovou ao lançar as pulseiras de mão, peças curvas que se encaixam nos dedos e no braço. Também levou formatos nada convencionais para os earcuffs (brincos que envolvem toda a orelha). Como são feitos com metais maleáveis, adaptam-se a qualquer pessoa.
 
A marca ainda voltou a trabalhar com as borrachas, agora em cores. Talvez, ele suspeita, seja a coleção mais colorida de todas.
 
O universo da Carlos Penna não se restringe aos acessórios. A vontade de agregar outras marcas levou à ideia do projeto Pouso, com curadoria do jornalista de moda Eduardo Viveiros, definido como um movimento para fazer circular a moda independente brasileira.
 
“A ideia não é só vender. Queremos apresentar marcas, maiores e menores, que talvez nunca vieram a BH e que às vezes passam despercebidas.” É para ser uma exposição rápida como o pouso de um pássaro.

Terceira edição

O projeto começou com Reptilia e Minú, marcas de Curitiba. Em seguida, apresentou dois trabalhos de Fortaleza: Patú e Catarina Mina. A terceira edição já está confirmada para outubro.

Em paralelo, o designer convida marcas para expor seus produtos no ateliê por até três meses. Rocio Canvas (Curitiba) já participou e os próximos nomes são Saboaria Brasil (cosméticos naturais e artesanais de São Paulo) e Juliana Franco (São Paulo).
 
pulseira
(foto: Leca Novo/Divulgação)
 
Assim, as relações extrapolam o on-line e uma grande rede se forma. “Isso é muito interessante para nos fortalecermos. Não dá para construir nada sozinho”. A única marca fixa é a P.O.R, assinada por Carlos e Bárbara Monteiro, da Molett.
 
O plano de abrir uma loja em São Paulo não é de agora. Carlos pensava que seria no ano que vem, mas teve que se antecipar quando surgiu um ponto na Rua Matheus Grou, em Pinheiros.
 
“Tenho um carinho muito grande por essa rua. Lá estão várias marcas contemporâneas, da nova leva da moda, como Isaac Silva e Misci.” O projeto é da arquiteta de BH Sarah James.
 
Além das lojas, Carlos anda muito envolvido com collabs e desfiles. Está prestes a lançar uma coleção com as cantoras Clara e Sofia (BH) e outra com Jana Favoreto (Londrina), que cria joias de alumínio reciclado.
 
Ainda vai assinar os acessórios de pelo menos duas marcas na próxima edição da São Paulo Fashion Week, em novembro. Em oito anos, ele contabiliza, já participou de mais de 150 desfiles entre SP e BH e se envolveu com 95 collabs.
 
Dedos
(foto: Leca Novo/Divulgação)
 
O que faz a marca ser requisitada em todo o Brasil? O designer destaca a irreverência das peças. Desde o início, ele luta para mostrar que o acessório pode ser mais do que uma corrente com pedra.
 
“Gosto de sair da minha zona de conforto, do óbvio, de não me prender ao básico. A ideia é sempre extrapolar os limites. Os acessórios vão evoluindo e é isso que faz a diferença na marca.”
 
Apesar de toda a história da marca com São Paulo, o designer não pensa em deixar BH. Diz que é o lugar onde quer morar.
 
“No início, todo mundo falava que eu tinha que me mudar para São Paulo para ser conhecido. Fico muito feliz de ter continuado aqui, poder ir para São Paulo abrir a loja e voltar. Amo BH, aqui é a minha casa”, comenta Carlos, que nasceu em Ipatinga e há 11 anos mora na capital mineira.

Serviço

Carlos Penna
Rua do Ouro, 1428, Serra
Conheça o trabalho do designer no site e no Instagram


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