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Joalheria mágica

Grife alemã de joias que produz para várias marcas tradicionais lança coleção apoiada na natureza


13/09/2020 04:00

Refinadas, as peças combinam com produções variadas(foto: divulgação)
Refinadas, as peças combinam com produções variadas (foto: divulgação)

 
Alguns países são, por tradição e divulgação através de modismos e imprensa, considerados como os principais na produção de joias. Nomes famosos, datas importantes enfatizam a criação do luxo através de peças e pedras – como o famoso diamante Cullinan, descoberto na África do Sul, com 3.106 quilates e é o maior do mundo. História mesmo tem o diamante Hope, que pode ser visto no Museu de História Natural do Instituto Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos. Azul por causa de uma ilusão de ótica causada pela presença de traços de boro na sua estrutura, tem 45,52 quilates e uma história de maldição. Seu primeiro registro data de 1660, quando foi vendido por um mercador francês, Jean-Baptiste Tavernier, ao rei Luís XIV da França. Passou de mão em mão até ir parar no pescoço de Maria Antonieta, no dia de seu casamento. Durante a Revolução Francesa, as joias da Coroa desapareceram e o diamante foi reaparecer só em 1812, nas mãos do mercador de joias londrino Daniel Eliason, que o vendeu ao rei Jorge IV da Inglaterra. Da Inglaterra, ele foi parar em Harry Winston, marca de joias americanas que o doou ao Instituto Smithsonian.
 
Pulseira de cobra em ouro amarelo com brilhantes, rubi e esmeralda (foto: divulgação)
Pulseira de cobra em ouro amarelo com brilhantes, rubi e esmeralda (foto: divulgação)
 
 
A lenda da maldição do diamante Hope nasceu no início do século 20 e foi criada por May Yohé, uma atriz americana que foi casada com lorde Francis Hope e que fugiu para a Austrália com o amante. A vida não lhe correu bem e, de regresso aos Estados Unidos, procurou vender a história da maldição a produtores de cinema de Hollywood. A história do diamante transformou-se num filme, que incluía diversas liberdades criativas, como a atribuição da morte de Marta à maldição e, possivelmente, à origem da lenda do roubo do templo hindu. Desde então, diversos infortúnios têm sido atribuídos ao diamante, como o destino de Luís XIV e Maria Antonieta (que acabaram guilhotinados na Revolução Francesa).
 
Brinco de cobra em ouro branco com brilhantes, rubi e esmeralda (foto: Divulgação)
Brinco de cobra em ouro branco com brilhantes, rubi e esmeralda (foto: Divulgação)
 

Gemas brasileiras Poucas pessoas sabem que o Brasil já foi a principal fonte de diamantes do mundo, e que continua sendo um importante produtor ainda hoje. Nos anos 1700 e início dos anos 1800, alguns dos diamantes mais famosos do mundo foram encontrados em terras brasileiras, incluindo diamantes vermelhos, extremamente raros, assim como verdes e outras cores fascinantes. Outra pedra brasileira que corre mundo é a água-marinha, cuja cor mais clara é a mais valiosa. E o topázio imperial, que é encontrado só em cinco minas em todo o mundo, três delas no Brasil, também é, por isso, supervalioso. Outra pedra brasileira de raro valor é a turmalina paraíba, que, em alguns casos, chega a valer mais do que o diamante. E a ametista, quartzo roxo de muita demanda, é usada em joias criadas pelas principais marcas mundiais. O Brasil é mundialmente conhecido por sua riqueza em pedras preciosas. Das nove províncias gemológicas existentes no mundo, ou seja, das nove regiões geográficas excepcionalmente ricas em gemas, nosso país é líder não apenas na quantidade produzida, mas também na diversidade. Para se ter uma ideia do quanto aqui se produz, basta dizer que apenas Minas Gerais contribui com cerca de 25% da produção mundial. Para demonstrar a diversidade, basta dizer que um brasileiro bem-informado e de bom nível cultural consegue citar (conhecendo ou não) cerca de 15 pedras preciosas, mas existem em nosso país mais de 100 tipos diferentes. As mais presentes são o diamante, opala, água-marinha, esmeralda, alexandrita, ametista, ágata, citrino, topázio e turmalina.
 
Pingente de maçã (ouro e brilhante)(foto: Divulgação)
Pingente de maçã (ouro e brilhante) (foto: Divulgação)
 

A vez de Pforzheim Dentro desse contesto de pouco conhecimento está a Alemanha, um dos principais centros de criação de joias no mundo. A história começou com a designação "goldstadt" (cidade do ouro) que acompanha Pforzheim desde 1767, quando Carlos Frederico de Baden ordenou a abertura de uma fábrica de relógios de bolso num orfanato situado num antigo convento dominicano. No mesmo ano, passariam a ser feitas ali também joias e artigos de cutelaria. Em 1768, foi aberta na cidade a primeira escola técnica profissional do mundo, oferecendo a formação de ourives e de fabricantes de relógios. Placa na entrada de Pforzheim indica as cidades-irmãs Vicenza (Itália), Guernica (Espanha) e St. Maur (França)
 
Jade lapidado pedra pouco usada em anel
Jade lapidado pedra pouco usada em anel
 
 
Por ser ponto de passagem nas rotas do Leste em direção à França e do Norte para a Suíça, não demorou para que ali se instalassem redes de fabricantes, fornecedores e comerciantes oferecendo infraestrutura para a expansão da indústria manufatureira de joias na cidade, localizada entre Stuttgart e Karlsruhe. Com o passar do tempo, a cidade passou a ser referência em termos de design, high-tech e qualificação de mão de obra para o setor. Hoje, 80% das joias exportadas pela Alemanha são produzidas em Pforzheim. Muitas delas chegam aos balcões das lojas com etiquetas conhecidas mundialmente, como Chopard, Dior, Cartier ou Rolex. Os donos das manufaturas de Pforzheim preferem não tocar nesse assunto, temendo represálias das grandes marcas de Paris, Milão ou Genebra, que assinaram a encomenda. Atualmente, a cidade concentra 300 das 390 empresas da indústria alemã de ourivesaria e de artigos de prata, sendo o mais importante produtor do país.

Grife mundial Uma das marcas mais famosas de Pforzheim é a Thomas Sabo, considerada uma joalheria mágica. A embaixadora da marca, Rita Ora, acaba de apresentar ao mundo a coleção outono-inverno, que tem como foco a Magic of Jewellery, que busca inspiração numa variedade de peças criadas principalmente em prata. Glamour, bom desenho e um toque de sedução distinguem as peças. O foco é uma homenagem à natureza, sua fascinação e seus mitos e simbolismos. “Fruto proibido” busca inspiração no jardim mágico de Eva, com serpentes, maçãs e mitos históricos. Ouro 18 quilates bem trabalhado produz um belo efeito clássico. E numa proposta visual, a serpente é enrolada magicamente no dedo, através de um anel. Malaquita de alta qualidade distribui seu verde inigualável em peças muito inspiradas . Pedras mágicas são usadas nas peças variadas, criando efeitos mágicos através das cores conhaque e outros tons refinados. As lapidações são manuais, o que aumenta o valor das gemas usadas, e as peças são distribuídas nas principais joalherias do mundo. A marca Thomas Sabo cria também relógios e óculos, foi fundada em 1984, na Alemanha e é comercializada através de 3.100 pontos de venda através do mundo.


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