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Que nos perdoem nossas mães e pais!


postado em 05/05/2019 05:07


Não deveríamos precisar perdoar nossas mães e nossos pais nunca. Não porque eles deveriam ser perfeitos, mas apenas por que eles não nos devem tudo aquilo que deles costumamos cobrar. Incluo aqui todos aqueles que julgamos ter desempenhado mal a missão que lhes coube. Isto é outra conversa.

Deveríamos começar pela gratidão por nos terem gerado e permitido que nascêssemos. Posicionar nosso olhar para o que nos foi e é dado, não para o que nos faltou e acreditamos que poderá faltar ao longo do resto de nossas vidas. Qualquer um de nós rapidamente faria uma lista enorme de erros que eles cometeram, o que em parte de fato tem um fundo de verdade, mas a maior parte é fruto de nossa imaturidade que, por sua vez, se nutre em desejos infantis e descabidos.

Se alguém deve a alguém nesta relação são nossas mães e pais nossos grandes credores, abrangendo também aqueles que receberam os filhos por adoção ou simples dedicação.

A experiência de ser mãe ou pai traz dois grandes desafios. O maternal e paternal, assim como o de perceber o que seja ser filho, posição facilmente analisável quando temos os nossos e experimentamos estar do outro lado.

Por que afinal nos sentimos tão responsáveis pelos filhos e decidimos nos dedicar tanto, mesmo sabendo que tropeçaremos bem mais que o desejado e idealizado tanto por nós quanto por eles? Por que não conseguimos ver e compreender que nossas mães e nossos pais fizeram o mesmo? Por que cobramos tanto deles e depois, ao nos ver cobrados por nossos filhos, nos sentimos injustiçados? Filhos ingratos! Pensamos como se não o fôssemos também.

Determinado momento de nossa vida, nos revoltamos porque percebemos que nossos pais, em certa medida e tempo, fizeram de nós o grande significado e objetivo de sua vida, como se nos coubesse tal tarefa hercúlea. E não é que de repente nos vemos fazendo o mesmo com nossos filhos? Filhos ingratos! Os acusamos como se não o tivéssemos sido também.

 

Filhos costumam repetir o que suas mães e pais fizeram às avós e aos avôs. Afinal, tiveram grandes exemplos bem próximos para seguir. Por que cobramos de nossos filhos que encontrem em nós pessoas a quem podem depositar confiança absoluta quando muitas vezes, por nos sentir donos da verdade e conhecedores do mundo, não demos esse crédito aos nossos próprios “velhos e ultrapassados”?

Erros fazem parte da história de todos nós, então não os concentremos nas costas daqueles nos quais depositamos muitos outros pesos tanto necessários quanto dispensáveis. E, mesmo quando já estamos bem crescidinhos, ingenuamente achamos que deles não dependemos mais. Só eles de nós, claro. Santa ignorância!!!


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