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Estado de Minas

Escolas investem em técnicas de descontração às vésperas do Enem

A ordem é relaxar ou até fazer uma leve revisão. Estudar em cima da hora, não


postado em 02/11/2018 06:00 / atualizado em 02/11/2018 13:32

Alunos do Colégio Arnaldo apostam em técnicas para diminuir ansiedade e aumentar o controle emocional dos estudantes(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Alunos do Colégio Arnaldo apostam em técnicas para diminuir ansiedade e aumentar o controle emocional dos estudantes (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Dê uma pausa no desespero. A ordem agora é relaxar. Faltando dois dias para a avaliação mais esperada do país, mantenha a mente leve e tranquila. Na reta final, escolas de Belo Horizonte apostam em técnicas de descontração para diminuir a adrenalina – nas alturas – nos dias que antecedem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Meditação, passeios, técnicas de respiração, gincanas, revisões e até medicina alternativa se tornam protagonistas dentro e fora da sala de aula para aliviar o estresse dos estudantes. Professores alertam: fazer uma leve revisão, sim; estudar em cima da hora, de modo algum.


Estudante do 3º ano do Colégio Padre Eustáquio, no bairro homônimo, na Região Noroeste da capital, Cláudia Cecília Rafaela Freitas, de 18 anos, candidata ao curso de direito, conta que tem ficado mais tranquila em casa, mas ainda fazendo algumas atividades. Na escola, aproveita as revisões e as atividades diferentes propostas ao longo das últimas semanas para acalmar os alunos. Ontem, foi dia de técnica de relaxamento. Música tranquila e a voz do professor embalando bons pensamentos foram o pontapé para viajar longe e, realmente, relaxar corpo e mente. “Fiz o Enem ano passado para conhecer a prova, pois, por mais que façamos simulados no colégio, na hora, é diferente. Fiz com o pensamento de que era para valer e foi muito interessante” relata. Agora, é pôr a cabeça no lugar: “É preciso ter calma e tranquilidade. O que dava para ser feito, já foi”.


Supervisora da 3ª série do ensino médio do Padre Eustáquio, Maria José Gonçalves Coelho diz que a escolha por promover atividades especiais mais espaçadas, em vez de concentrar todas na semana anterior ao exame, teve o objetivo de buscar pouco a pouco o equilíbrio emocional dos alunos. Nesta semana mais intensa, na qual nervos estão à flor da pele, as atividades foram repetidas.

“Não indicamos que o aluno pare com tudo, ele deve procurar manter as atividades habituais, integrando outras que quebrem a rotina e o deixem seguro. Valem revisões, mas sem a neura de que ter de fazer o que não conseguiu até aqui. É hora de confiar no que foi desenvolvido ao longo da vida escolar”, destaca. E investir em atividades que vão contribuir para dar tranquilidade, como relaxamento, possível de fazer na escola e em casa também. “Isso vai ajudar a administrar as emoções nesse finalzinho.”


No Colégio Arnaldo, no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de BH, os alunos tiveram palestra com psicóloga para diminuir a ansiedade e o estresse, fizeram revisão de conteúdos com atividades lúdicas, caminhada ecológica e retrospectiva dos principais acontecimentos de 2017 e 2018. Sessões de auriculoterapia, um ramo da acupuntura, ajudaram ainda mais os adolescentes a relaxar. O diretor da unidade, Geraldo Júnio, lembra que equilíbrio é fundamental nesses dias que antecedem o Enem. “Não adianta tentar tirar o atraso e correr atrás da matéria que considera não ter estudado bem. Se não, terá a mente cansada no domingo, dia em que precisa dela para relembrar conteúdos e escrever uma boa redação”, afirma.


O que fazer para relaxar é decisão de cada um, desde que o candidato se sinta confortável. “Inclusive, aquela pessoa muito ansiosa, que não esteja fazendo nada em relação ao Enem, se se sentir mal assim, pode ler um livro ou pesquisar prováveis temas de redação. O que não pode é não conseguir dormir. Boas noites de sono são essenciais agora. O que gostar de fazer, seja assistir a um filme, fazer uma caminhada, ir ao shopping ou ficar em casa à toa, faça”, avisa o diretor.


Outra dica diz respeito diretamente à família, que precisa considerar que, às vezes, o aluno precisa de um tempo de maturação. Se a nota desta edição não for suficiente para entrar na universidade, tem mais ano que vem. “Não pode cobrar do candidato como se isso fosse decisivo e a última oportunidade na vida dele. Seria incompatível: um estudante que se preparou tantos anos para fazer uma prova que dura dois dias e, no dia seguinte, tudo o que estudou não valer mais nada. O conhecimento é para a vida toda”, destaca. Ele ressalta que os estudantes têm dificuldade para lidar com a frustração. “Se não der certo, é fazer disso aprendizagem para as próximas experiências e se formar melhor do que se formou neste ano.”

 

Contratos do Fies em atraso poderão ser renegociados

 

Estudantes com contratos de Financiamento Estudantil (Fies) atrasado agora poderão renegociar a dívida. A mudança, aprovada pelo Comitê Gestor do Fundo de Financiamento Estudantil (CG-Fies) e publicada no Diário Oficial da União de ontem, deve entrar em vigor no ano que vem. No modelo atual, quem deixa de pagar alguma parcela do financiamento só tem a opção de quitá-la à vista.

A alteração valerá para contratos em fase de amortização com atraso superior a 90 dias, o que corresponde a 500 mil alunos e um saldo devedor de mais de R$10 bilhões, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A resolução prevê duas possibilidades de renegociação. O reparcelamento da dívida, voltado para estudantes com contratos próximos ao fim, vai ampliar o prazo de pagamento em, no máximo, 48 parcelas mensais. Já o reescalonamento vai distribuir os valores em atraso nas parcelas que ainda vão vencer. Como contrapartida será exigida uma entrada de 10% do valor total das parcelas em atraso ou R$ 1 mil.

Para isso, deverá ser paga uma parcela de entrada, em espécie, correspondente ao maior valor entre 10% do valor consolidado da dívida vencida e R$ 1 mil. O valor da parcela mensal de amortização resultante da renegociação não poderá ser inferior a R$ 200, mesmo que implique a redução do prazo remanescente contratual.

O estudante financiado interessado em renegociar a dívida com o Fies deverá apresentar-se na agência bancária onde firmou o contrato, com um ou mais fiadores, cuja renda não poderá ser menor do que o dobro do valor da nova prestação calculada, respeitando o tipo de garantia contratada.

Os estudantes poderão aderir à renegociação até 31 de dezembro de 2019. Os períodos de solicitação e contratação da renegociação deverão ainda ser definidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Na quarta-feira, o ministro da Educação, Rossieli Soares, disse que ainda serão feitas reuniões com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.


Não perca, neste domingo gabarito extra-oficial das provas do Enem 2018, parceria Chromos/Portal Uai 
 

 


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