
“Em Montes Claros foi constatado que os ‘pilotos’ faziam as provas e saíam mais cedo. Depois, transmitiam as respostas a candidatos, por meio de ponto eletrônico. A Polícia Federal não identificou aqui indício de vazamento das provas antes da aplicação”, afirmou Thiago Amorim.
Conforme explica o delegado, os chamados “pilotos” são “pessoas de extrema capacidade” contratadas pela quadrilha para fazer as provas em curto espaço de tempo, tornando possível rapidamente repassar as respostas a clientes do bando. Em Montes Claros foram presas três pessoas que exerciam a função: Arnon Kelson da Silva e Santos, Olavo Martins Ponciano e Fillipe Allan Araújo.
Também foram detidos Rodrigo Ferreira Viana, apontado como chefe e mentor do esquema de fraudes contra o Enem em Minas, além de Jonathan Galdino dos Santos, Aurimar Rodrigues Froes e Johnathan Caires Silva, que atuariam como agenciadores de clientes para a fraude. Foi presa ainda Sofia Azevedo Macedo, suspeita de comprar o gabarito para entrar no curso de medicina. Filha de um dono de supermercado em Carbonita (Vale do Jequitinhonha), ela foi detida quando fazia os testes em Belo Horizonte.
O modelo de atuação da quadrilha foi descoberto por meio de escutas telefônicas da Polícia Federal autorizadas pela Justiça. Todos os presos em Minas por envolvimento na fraude já foram liberados.
