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Estado de Minas

Vestibulinhos no início da vida acadêmica só interessa à escola


postado em 09/09/2012 08:00

(foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS %u2013 6/12/06)
(foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS %u2013 6/12/06)
Os vestibulinhos no início da vida acadêmica não são do interesse do aluno, mas sim da escola, afirma Edmundo Antônio Dias, procurador regional substituto dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal em Minas Gerais. Ele defende que o sorteio dos inscritos traria menos frustrações para a criança, que deve ser a principal interessada na questão.

Qual é o entendimento do MPF em Minas com relação à prática de vestibulinhos no primeiro ano do ensino fundamental?
O exercício do ensino é uma função, ou seja, algo que se desenvolve no interesse do aluno, e nunca de quem ensina. Mas os chamados "vestibulinhos" ocorrem em torno de determinados critérios de antemão estabelecidos pela escola, para a consecução do seu projeto pedagógico. A exclusão do aluno que inicialmente possa não atender aos pressupostos do projeto pedagógico adotado termina por desvirtuá-lo. Então, esses vestibulinhos tão no início da vida escolar, na verdade, não se dão diretamente no interesse do aluno, mas da escola, ou seja, do perfil que a instituição busca.

Qual é a posição do MPF em Minas a esse respeito? Vale trocar o vestibulinho por outras formas de teste?
Os vestibulinhos não contribuem para a educação das crianças e não atendem ao princípio do pleno desenvolvimento da pessoa, previsto no artigo 205 da Constituição, além de estimular desde muito cedo a competição em um mundo que já é competitivo em excesso. Outras formas de seleção, incluído aí o sorteio dos inscritos, trazem menos frustrações para as crianças. O interesse a ser observado é sempre o da criança.

Um colégio pode escolher alunos com 6 anos?

Cabe indagar se é razoável avaliar uma criança de 6 anos sobre o seu brevíssimo tempo de aprendizagem. Não deveria ser o contrário? Ou seja, a escola formar a criança, alfabetizando-a se necessário, para que ela atinja o máximo de seu potencial cultural? Uma eventual deficiência no processo de alfabetização poderia ser revertida por uma boa escola que esteja pronta a acolher a criança tão no início de sua vida escolar. Isso contribuiria para um mundo mais acolhedor e menos competitivo. (SK)


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