Servidor da UFU suspeito de fraude pode ter prisão decretada

 

O funcionário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, suspeito de entregar a prova de vestibular para uma candidata ao curso de medicina pode ter a prisão preventiva ou temporária decretada hoje, caso ele não se apresente espontaneamente à Polícia Federal. A informação é do procurador federal Cléber Eustáquio Neves. “O inquérito para apurar a fraude já foi instaurado pela Polícia Federal e a fraude foi comprovada. A estudante foi ouvida e liberada, mas o servidor da universidade não foi localizado até agora”, disse o procurador na tarde de ontem.

No domingo, o reitor da UFU, Alfredo Júlio Fernandes Neto, divulgou um comunicado esclarecendo que questões da primeira e segunda etapas do processo seletivo vazaram antes da prova e todo o concurso terá que ser refeito. A primeira fase do vestibular foi nos dias 3 e 4 deste mês. No dia 6, um curso preparatório denunciou a irregularidade ao Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal começou a investigar.  A data do novo vestibular será anunciada pelo reitor numa coletiva à imprensa hoje. “Estamos estudando uma nova data para não haver conflito com outros vestibulares. Conversamos com o Ministério Público para não haver qualquer prejuízo para o candidato”, disse Alfredo Júlio. Para não complicar a vida dos candidatos, ele informou que vai tentar aplicar as provas nos mesmos locais definidos anteriormente.

De acordo com o procurador, o vestibular deve ser em agosto. Ele disse ainda que se comprovada a culpa do servidor da UFU ele pode pegar uma pena mínima de dois anos de detenção por fraude em concurso público ou em processo seletivo, crime previsto no Código Penal Brasileiro.