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Estado de Minas

Iniciativas são tímidas


postado em 17/04/2011 07:28 / atualizado em 17/04/2011 09:09

No Espaço Escola, assembleias são usadas para conscientizar as crianças(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
No Espaço Escola, assembleias são usadas para conscientizar as crianças (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)


O combate ao bullying se mostra urgente e começa a ganhar força nas escolas públicas e particulares de Belo Horizonte e da região metropolitana. Mas ainda é considerado tímido, precário e até ineficiente pelo promotor de Justiça do Ministério Público Estadual e autor do livro Bullying – O que você precisa saber, Lélio Braga Calhau. Segundo o especialista, essas deficiências são decorrentes da dificuldade dos educadores de fazerem um diagnóstico do problema e um planejamento das ações de repressão.

“É preciso conhecer bem a realidade. Para isso, o ideal é aplicar um questionário a todos os alunos para identificar os casos de agressões já ocorridos no ambiente escolar”, explica Lélio, criador do blog Bullying, estou fora, com dicas e sugestões sobre o tema. A partir do diagnóstico, ele recomenda, como passo seguinte, a elaboração de um plano pedagógico com participação de professores e alunos. “O ponto mais importante desse planejamento é envolver os estudantes nas atividades, pois o combate não pode ser um monólogo, apenas com palestras. É preciso criar jogos educativos, concursos de redação e de desenho para identificar formas de controle do bullying”, explica Calhau.

O diálogo constante é outro caminho apontado pelos especialistas como possibilidade para construir uma cultura de paz nas salas de aula. Na Espaço Escola – Coopen BH, uma cooperativa de pais fundada há quase 20 anos no Bairro Sion, na Região Centro-Sul da capital, as asssembleias fazem parte da rotina dos estudantes e todos os assuntos, – desde os mais polêmicos, como as agressões, até os mais triviais, a exemplo da escolha da cor do uniforme, – são amplamente debatidos pelos alunos do ensino infantil ao 9º ano do nível fundamental.

Sentados em círculo, a turma do 4º ano discutiu, na última semana, atitudes que costumam chatear os colegas. O mote para a assembleia foi o fato de uma aluna ter expulsado um aluno de uma brincadeira. “De 15 em 15 dias há reuniões de 50 minutos nas turmas. O foco quase sempre são as relações e isso impede que as discussões cheguem num ponto crítico. Acredito que as situações de humilhação e exclusão sempre existiram, mas a escola precisa ter um olhar atento para impor limites e trabalhar as diferenças dentro da sala de aula”, afirma a diretora da instituição, Valéria Iglesias.


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