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Estado de Minas

'Sofrimento nunca acaba', diz mãe de Eliza Samudio

Sônia diz temer que, no futuro, Bruno lhe tire a guarda concedida pela Justiça


postado em 14/10/2017 12:45 / atualizado em 14/10/2017 13:22

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Ele tinha apenas quatro meses quando a mãe, Eliza Samudio, então com 25 anos, desapareceu. Bruninho, hoje com 7 anos, é um menino alegre e ainda não sabe exatamente o que aconteceu com ela. Por determinação da Justiça, a criança está sob os cuidados da avó materna, Sônia de Fátima Moura.

O caso de Eliza, de junho de 2010, intriga até hoje o País porque seu corpo nunca foi encontrado. É um exemplo do drama adicional da tragédia familiar que ocorre quando a violência vence as relações afetivas e as dores da perda da mãe se abatem sobre os filhos.

Condenado com outros envolvidos na morte de Eliza, o pai de Bruninho, o goleiro Bruno Fernandes, tenta, nos últimos meses, voltar às ruas e ao futebol. Em fevereiro, conseguiu um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), revogado em abril. "O Bruninho é um menino alegre, que eu tento proteger como posso. Quero que ele tenha uma infância feliz", afirma a avó.

Temor


Sônia diz temer que, no futuro, Bruno lhe tire a guarda concedida pela Justiça. "Eu tenho medo que ele queira tomar a guarda de mim e que a Justiça, por ele ter dinheiro, conceda isso", diz Sônia. "Ele pode alegar que é seu filho e já pagou pelo erro, mas um assassinato não é só um erro."

Para a avó de Bruninho, a "Justiça se preocupa muito com os assassinos e pouco com as vítimas e as famílias, que vive prisioneira". "O sofrimento nunca acaba", lamenta.

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