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Estado de Minas

Polícia analisa fotos em que Bola aparece em churrasco na Casa de Custódia do Policial Civil

A Polícia Civil informou que abriu um procedimento para apurar se as imagens são verdadeiras e que medidas administrativas já estão sendo tomadas


postado em 22/02/2016 18:50 / atualizado em 22/02/2016 22:02

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o executor de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, pode sofrer regressão de regime. Fotos divulgadas nesta segunda-feira mostram o detento em uma das celas da Casa de Custódia do Policial Civil, localizada no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte, participando de um churrasco com outros detentos, com direito a cerveja e celular. A Polícia Civil informou que abriu um procedimento para apurar se as imagens são verdadeiras e que medidas administrativas já estão sendo tomadas.

Nas fotos, Bola, que cumpre pena de 22 anos pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, aparece de camiseta escura apoiado nas grades da cela, com um objeto em uma das mãos, o que parece ser um garfo. Ao lado esquerdo dele, em cima de uma plataforma, está uma grelha.  O momento é compartilhado com pelo menos outras quatro pessoas que estão sentadas em volta de uma mesa de plástico. Em cima dela, é possível ver latas de cerveja, celulares, dinheiro, e sacos plásticos com linguiça e carne de boi.

Bola está na Casa de Custódia desde maio de 2014 quando foi beneficiado pela nova lei orgânica da Polícia Civil. O artigo 38, inciso 10, estabelece que o local poderá receber o policial civil da ativa ou aposentado, mesmo aquele que tenha sido demitido do cargo ou tenha cassada a aposentadoria em virtude de condenação, submetido a procedimento de natureza judicial ou contingenciamento de ordem legal. Marcos Aparecido entrou para a Polícia Civil em 1991 e no ano seguinte foi exonerado por indisciplina e falta de idoneidade moral. O ex-policial, além de ter sido considerado culpado pela morte de Eliza, ainda responde por outros dois homicídios.

A Polícia Civil informou que já tomou conhecimento dos fatos e que uma perícia será feita nas imagens divulgadas para verificar a veracidade delas. Informou, ainda, que medidas administrativas já estão sendo tomadas. Se forrem confirmadas as transgressões, o caso será encaminhado para a corregedoria da corporação para apurar a conduta de servidores e agentes penitenciários. Em relação aos presos, será verificada a possibilidade de regressão de regime pela suposta infração. Se isso acontecer, ele pode passar para um regime mais rigoroso.

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