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Estado de Minas

Em entrevista à TV Alterosa, Bola se diz vítima de armação

Marcos Aparecido dos Santos, condenado pela morte de Eliza Samudio, se diz inocente


postado em 02/08/2014 06:00 / atualizado em 02/08/2014 08:06

Ex-policial cumpre 22 anos por homicídio duplamente qualificado(foto: TV Alterosa/Reprodução)
Ex-policial cumpre 22 anos por homicídio duplamente qualificado (foto: TV Alterosa/Reprodução)


O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, garante ter sido vítima de armação de “uma autoridade” ao se defender das acusações pela morte da modelo Eliza Samudio, de 24 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, ocorrida em 10 de junho de 2010. Em entrevista exclusiva, exibida ontem pela TV Alterosa, a primeira que ele deu desde sua prisão, Bola garantiu que é inocente, mesmo tendo sido condenado a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.


O ex-policial evitou citar nomes, mas sugeriu que foi incriminado por um rival, que é conhecido da mídia. “Uma autoridade que é meu desafeto. Todo mundo sabe. É só vendo na televisão”, disparou, ao ser questionado sobre quem seria responsável pelas acusações contra ele. “Eu tenho a dizer que, se depender de mim, essa moça está viva. Eu estou preso acusado desse crime, para mim é um suposto crime, porque eu nunca vi essa moça na minha vida”, argumentou Bola, tentando se eximir de qualquer ligação com o caso.

Eliza Samudio, segundo as investigações, foi sequestrada juntamente com seu filho Bruninho, de 4 meses, em junho de 2010, por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo e funcionário do goleiro Bruno, e pelo primo do jogador, Jorge Luiz Rosa. Bruno Fernandes, pai da criança, apontado como o mandante do crime, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão. Macarrão foi sentenciado a 15 anos, por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Ele foi beneficiado pela confissão. Jorge, por sua vez, cumpriu medida sócio-educativa, pois era adolescente na ocasião do assassinato.

Marcos Aparecido falou com a reportagem da TV Alterosa na Casa de Custódia da Polícia Civil, no Horto, Leste da capital, para onde foi transferido depois de sofrer uma tentativa de homicídio no presídio em que estava. Jorge Rosa, durante as investigações do sumiço de Eliza, em julho de 2010, o apontou como sendo homem que executou Eliza. Na semana passada, Jorge deu entrevista à Super Rádio Tupi, dos Diários Associados, afirmando que sabia do local em que o corpo dela foi enterrado. O primo de Bruno reafirmou que Bola a assassinou e acrescentou que, junto com ele e Macarrão, enterraram o corpo da jovem. Foi realizada busca no local, mas os restos mortais não foram encontrados.

Bola negou as acusações do primo de Bruno. “Esses personagens que apareceram na televisão, esse mesmo protagonista, que é o menor, são pessoas que quiseram me prejudicar. Esse menor, à época, eu nunca vi na minha vida. Nunca estive com o Jorge hora nenhuma”, ressaltou. Com relação ao local apontado pelo primo de Bruno, que fica nas proximidades da casa do ex-policial, Bola disse desconhecer. “O lote não, porque quase não dava ali. O bairro, sim.”

MACARRÃO Marcos disparou ainda mais contra Jorge. “Aquilo, você vê que o rapaz é uma pessoa desequilibrada. Uma pessoa plantada para fazer isso. Uma hora está estrangulada (Eliza Samudio), outra hora meus cachorros comeram. Então, hora nenhuma, não condiz nada do que ele fala. Nem com o que a polícia falou. Uma hora falam que foi com maçarico, outra hora falam que foi com faca. Eu jamais fiz isso e jamais faria, não é da minha índole”. Na entrevista, Bola manteve a versão de que não conhecia Luiz Henrique Romão. “Não, eu não sabia quem era Macarrão. Falei com ele (por telefone). Não estive com ele. Nunca estive com ele”.

 

Delegado diz que há provas

O delegado licenciado Edson Moreira, ex-chefe do Departamento de Investigação de Homicídios, que apurou o caso, nega que Bola seja alvo de armação. "Bola está condenado pelo crime. Há provas testemunhais, periciais e documentais. Ele não só matou Eliza, como outras pessoas e vai responder por isso. Armação é ele estar na Casa de Custódia, já que desde 92 não pertence aos quadros da polícia. Devia estar num presídio".

Assista a entrevista para a TV Alterosa


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