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Estado de Minas

Sem grandes revelações, Dayanne fala do envolvimento de policial aposentado na trama


postado em 05/03/2013 23:55 / atualizado em 06/03/2013 00:04

Dayanne não apresentou nada de muito revelador em seu depoimento(foto: Renata Caldeira/ TJMG)
Dayanne não apresentou nada de muito revelador em seu depoimento (foto: Renata Caldeira/ TJMG)

Terminou por volta das 22h30 o segundo dia do julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues. Durante aproximadamente quatro horas a ré respondeu às perguntas feitas pela juíza, promotoria e defesa. O jogador foi retirado do plenário durante o depoimento da ex e logo deixou o fórum, retornando para a Penitenciária Nelson Hungria. O júri será retomado na tarde desta quarta-feira com o interrogatório do ex-atleta.

Dayanne não apresentou nada de muito revelador em seu depoimento. Porém, falou claramente do envolvimento do policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho (o Zezé). Segundo ela, no dia em que a polícia prendeu os envolvidos no cárcere de Bruninho Macarrão telefonou para ela dizendo que Zezé telefonaria para ela contando para qual delegacia Elenilson e o casal de caseiros do sítio havia sido levado.

O promotor Henry Vasconcelos quis saber de Dayanne qual foi o teor dessa conversa, mas ela não esclareceu. Apenas reafirmou que Bruno e Macarrão mandaram ela negar a qualquer policial saber do paradeiro de Bruninho. Foi então Vasconcelos questionou a ela o por quê de Macarrão ter colocado justamente um policial civil em contato direto com ela. Dayanne ficou nervosa porque não compreendeu a pergunta, mas depois afirmou não saber qual era a intenção do amigo do goleiro.

Zezé é alvo de uma investigação que corre em segredo para apurar o envolvimento dele e de outro policial civil, Gilson Costa, no sequestro e morte de Eliza. Segundo o Ministério Público, há vários registros de ligações telefônicas entre os dois policiais, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Macarrão. O promotor Henry afirmou que eles serão indiciados oportunamente.

Outro ponto que Dayanne se mostrou nervosa foi quando o promotor a questionou sobre a noite em que Eliza foi retirada do sítio de Bruno em Esmeraldas. Dayanne contou que a modelo deixou o local num EcoSport junto do filho, Macarrão e Jorge. Logo em seguida, ela saiu no New Beetle amarelo, conduzido por Flávio, para levar a mulher de Macarrão, que estava grávida e passando mal, ao hospital.

Henry apontou para Dayanne cópia do registro da portaria do condomínio do sítio onde constava que Flavio chegou no sítio naquela noite em um Uno e que foi Bruno quem retornou à propriedade dirigindo o New Beetle. Dayanne, com a voz esboçando embaraço, confirmou que Flávio chegou no Uno, mas garantiu que foi ele quem conduziu o outro veículo. “Eles podem até ter anotado Bruno, mas foi o Flavio”, declarou. Segundo ela, o goleiro havia permanecido no sito com o primo Sérgio e Macarrão e Jorge retornaram com o bebê, sem Eliza, poucos minutos depois que ela tinha voltado do hospital.

Dayanne confirmou ao promotor que naquela noite sentiu cheiro de queimado e viu fumaça na área próxima à piscina. Disse que questionou a Bruno do que se tratava e ele respondeu que era lixo. Henry quis saber se a queimada ocorreu no mesmo lugar apontado por Sérgio na reconstituição feita pela polícia civil, e Dayanne confirmou, esclarecendo que aquele local não era usado para esta prática.

Dayanne também confirmou ao promotor que Bruninho teve o nome trocado por Bruno, que disse não admitir que o menino tivesse o mesmo nome dele. Depois Henry mostrou o registro de uma mensagem enviada pela mulher de Macarrão para o celular de Dayanne que dizia “seu filho não dorme”. Dayanne disse não saber porque a mulher se referiu assim ao bebê.

Depois de concluído o interrogatório do promotor, a juíza permitiu aos advogados que fizessem perguntas. Tiago Lenoir que defende Bruno, quis saber sobre os cuidados que Dayanne teve com Bruninho. Já Lúcio Adolfo, que também representa o goleiro, a questionou sobre uma carta que Dayanne enviou à Ordem dos Advogados do Brasil na sobre supostas torturas cometidas durante a fase de inquérito policial. Dayanne disse que agiu sob orientação do advogado Ércio Quaresma, que à época a representava.

Quem também fez perguntas foi a advogada que representa a mãe de Eliza. Ela quis saber se Dayanne sabia qual seria o destino de Bruninho. A ré disse desconhecer.

Nenhum jurado quis fazer perguntas e a juíza Marixa Fabiane Rodrigues deu o interrogatório por encerrado.

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