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Estado de Minas

Ex-mulher de Bruno cobra pensão do Flamengo

Defesa de Dayanne apresenta a compradores o sítio de esmeraldas e, em novo lance para enfrentar crise financeira, quer que clube ajude na criação de filhas do casal


postado em 07/04/2011 06:00 / atualizado em 07/04/2011 11:16

Defesa de Dayanne apresenta a compradores o sítio de esmeraldas e, em novo lance para enfrentar crise financeira, quer que clube ajude na criação de filhas do casal(foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Defesa de Dayanne apresenta a compradores o sítio de esmeraldas e, em novo lance para enfrentar crise financeira, quer que clube ajude na criação de filhas do casal (foto: Tulio Santos/Esp.EM/D.A Press)
Em situação financeira complicada desde a prisão do goleiro Bruno Fernandes de Souza, a ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues de Souza, voltou ao sítio do casal em Esmeraldas, na Grande BH, na manhã dessa quarta-feira, para mostrar a propriedade ao primeiro interessado na compra do terreno de 5 mil metros quadrados e instalações luxuosas. Além de tentar vender o imóvel, apontado pela polícia como o lugar onde Eliza Samudio, ex-namorada do jogador, teria sido mantida em cárcere privado antes de ser assassinada, Dayanne deve recorrer à Justiça para conseguir do Flamengo uma ajuda de custo para a criação das filhas. Os advogados dela já encaminharam ao clube uma notificação extrajudicial, solicitando que os direitos do ex-capitão rubro-negro sejam estendidos às duas crianças. Segundo o advogado Francisco Simim, se o clube carioca não atender o pedido, a defesa entrará com ação cautelar na Justiça do Rio. Em Minas, foi adiado para a próxima quarta-feira o julgamento do pedido de habeas corpus com que a defesa tenta libertar o jogador.

O interessado no sítio E-16 no Condomínio Turmalina ofereceu um imóvel na capital e parte do valor em dinheiro para fechar o negócio. A propriedade de Bruno, que está avaliada em R$ 1,2 milhão, mas foi anunciada por R$ 800 mil para facilitar a venda, não era frequentada desde que o desaparecimento de Eliza veio à tona, em julho do ano passado. A equipe de reportagem do Estado de Minas esteve por uma hora e meia no condomínio, depois de deixar identidades na portaria e passar por registro fotográfico.

Dayanne estava acompanhada dos advogados e não quis dar declarações. Ela acabava de voltar do Rio de Janeiro, depois de enfrentar a madrugada toda viajando de ônibus. Não houve autorização dela para que a equipe do EM tivesse acesso à residência ou permissão para imagens dentro do terreno.

Porém, mesmo dá área externa é possível perceber sinais que denunciam o abandono da propriedade, outrora famosa por abrigar festas de arromba, regadas a bebida farta e com presença de outros jogadores e mulheres bonitas. Logo na entrada, apesar de a placa de madeira ‘Recanto da Família Souza’ ainda receber o visitante, a casinha do cachorro virada, o pisca-pisca natalino esquecido no entorno da casa fechada e o estado dos brinquedos de ferro das crianças no jardim são sinais de que os tempos de agito ficaram no passado. A falta de movimento fica evidente até nos pés de limão, que estão carregados de frutos.

O mato está alto em toda a área externa da propriedade. Os blocos que marcam o caminho de acesso ao sítio estão praticamente cobertos de vegetação, porque o jardineiro que havia sido contratado para cuidar do terreno não apareceu. Outro funcionário deve substituí-lo a tempo de arrumar o sítio antes da visita de outros interessados. Mais um sinal da decadência do recanto vem da piscina, antes uma das atrações da chácara, agora vazia e desgastada pela ação do tempo. Perto da estrutura da churrasqueira há certa quantidade de entulho de obras, assim como um pouco de lixo espalhado pelo gramado.

“O casal (que continua unido no papel) fez um acordo e vai dividir o valor da venda do imóvel. É um negócio cível. Não estamos vendendo um cativeiro, mas uma boa área de lazer, com casa grande, quartos para hóspedes e acabamento de luxo. Temos um interessado que ofereceu uma parte em dinheiro e outra em bens e vamos avaliar a proposta. Um apartamento tem mais liquidez para a venda do que uma propriedade grande como esta”, afirmou o advogado Francisco Simim. “Dayanne quer refazer a vida e cuidar das filhas, que estão sem pensão. Bruno ainda tem vínculos com o Flamengo, até porque a rescisão do contrato tem um valor muito alto, e queremos que esses direitos sejam repassados às duas meninas”, completou o defensor.

A notificação, segundo o advogado, foi encaminhada há cerca de dois meses ao clube carioca, que ainda não se manifestou. Vice-presidente jurídico do Flamengo, Rafael de Piro disse não ter conhecimento do documento, mas afirmou que o departamento deve analisá-lo. Ele explicou, no entanto, que o contrato com o goleiro está suspenso e que, desta forma, Bruno não recebe salários.

Em outro processo, que corre na 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca, a Justiça do Rio de Janeiro determinou, em outubro, que o clube pagasse pensão ao bebê Bruninho, supostamente filho do atleta com Eliza Samudio. O depósito mensal deveria ser equivalente a 17,5% do salário do jogador, mas, em fevereiro, o time da Gávea apresentou documentos informando a Justiça sobre a suspensão do contrato do atleta. Por isso, de acordo com o clube, o pagamento não é feito.

Regalias na prisão

Em série de reportagens publicada desde domingo, o Estado de Minas vem revelando os bastidores do caso Bruno. Nas matérias, foram mostradas as regalias de que o atleta desfruta em uma ala que ocupa sozinho com o inseparável companheiro Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Uma companhia vista com certa desconfiança pela ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, como ela deu a entender em entrevista ao EM, na qual falou ainda sobre as crises do casamento com Bruno e as dificuldades financeiras que enfrenta a família, obrigada a negociar bens como o sítio de Esmeraldas.

Um recanto milionário à venda

Avaliado em R$ 1,2 milhão, o sítio de Bruno em Esmeraldas, Grande BH, está sendo vendido por R$ 800 mil. SAiba como é o imóvel por dentro

O casarão, apontado pela polícia como o local em que Eliza Samudio foi mantida antes de desaparecer, tem 240 metros quadrados de área construída

São quatro quartos, duas suítes, três banheiros, salas de jantar e de TV, cozinha e dependências

Na área externa, há ainda duas suítes independentes para convidados, na área da churrasqueira

O terreno de 5 mil metros quadrados também abriga piscina, campo de futebol e casa para empregados

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