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Estado de Minas

Companhia de Macarrão a Bruno 'alivia depressão' na cela


postado em 05/04/2011 06:00 / atualizado em 05/04/2011 06:56


Na cela de 10 metros quadrados em uma galeria especial do presídio Nelson Hungria, em Contagem, Grande BH, apenas o fiel amigo Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, é a referência de uma vida que Bruno deixou para trás. Além do benefício de não conviver com os presos comuns, os dois, que dormem na mesma cela, também desfrutam do privilégio de ocupar sozinhos uma das alas do Centro de Observação Criminalística (COC), destinado a presos em período de triagem.

Em nota divulgada ontem, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) sustentou que, para aliviar a depressão do goleiro encarcerado, uma decisão judicial permitiu que Macarrão dormisse na mesma cela. Todas as noites, ele estica um colchonete no chão próximo à única cama de alvenaria do cômodo, ao lado do ex-capitão rubronegro, como mostrou o Estado de Minas no domingo.

Ainda segundo a secretaria, nessa galeria especial ficam presos que cometeram crimes contra a moral ou envolvidos em casos de grande repercussão. Como os demais detentos, Bruno tem duas visitas a cada fim de semana. Cada preso tem o direito de receber oito quilos de alimentos por visitante e o goleiro usa a geladeira do presídio para guardar seus perecíveis. A visita íntima ocorre uma vez por mês, com a namorada, a dentista carioca Ingrid Calheiros, de 24 anos, que passa a noite com ele.

Com permissão judicial para trabalhar, o goleiro aproveita o banho de sol para usar o pátio de cimento, onde treina, entre traves improvisadas com garrafas PET, com o inseparável Macarrão. A Seds sustenta que só nesse momento a cela dos dois permanece aberta. Ainda de acordo com a secretaria, o chuveiro de água quente foi retirado dos aposentos do jogador, que tomaria banho frio, como os demais presos. Segundo a secretaria, o aparelho era usado pelo ocupante anterior do cômodo, por prescrição médica.

JUSTIÇA O advogado de Bruno, Cláudio Dalledone Junior, está confiante no julgamento do habeas corpus que impetrou no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e que deve ser apreciado amanhã pela 4ª Câmara Criminal. “Com o frenesi da mídia, a Justiça se retraiu. Mas vou mostrar que Bruno preenche os requisitos para responder em liberdade, o que é um direito dele. Esse caso está sendo impulsionado desde o início pela maledicência indesejável da voz das ruas e ele já foi pré-julgado”, argumenta.

Opinião bem diferente tem o pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio, que deve viajar a BH para acompanhar o processo e torce para que o goleiro continue atrás das grades. Ele não se conforma com a falta de informações sobre o corpo da jovem e afirma que vai recorrer às autoridades se puder comprovar que Bruno desfruta de regalias na prisão. “Bruno já foi condenado no Rio, por sequestrar minha filha e agredi-la. Creio que ele vá continuar preso por homicídio e não pode ter benevolência só porque é famoso.”

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