A ex-mulher do goleiro conta que recebeu Eliza Samudio no sítio dele, em Esmeraldas, na Grande BH, e que a tratou como hóspede, mesmo sabendo que ela teve um caso com o ex-marido. “Na época (dias antes do sumiço de Eliza, em junho do ano passado), eles disseram que não tinham mais nada. Eu a recebi, não a tratei mal, não a expulsei. Outra pessoa, no meu lugar, a teria expulsado. Quem tinha que saber que era casado, e que tinha uma família, que tinha filhos, era o Bruno. Não culpo as mulheres que ele arruma. Isso tinha que vir do caráter dele”, disse Dayanne, dizendo não guardar mágoas. “Só guardo mágoa quando tentam atingir minhas filhas. Muitas vezes, mulheres tentaram afastar minhas filhas do Bruno por ciúmes. Isso eu não admito. Sou ex-mulher, mas não existem ex-filhos.”
Para Dayanne, é difícil apontar culpados quando se trata do sumiço de Eliza Samudio. “Hoje é muito fácil apontar o dedo para os outros. Essa história, para mim, tem muita incógnita. Quem vê de fora acha que a gente sabia que aquilo tudo foi armado, mas tem coisas que aconteceram que até hoje eu não sei”, disse Dayanne. “O fato de ela (Eliza) estar viva ou morta é um ponto de interrogação. Se eu a tivesse visto morta, ou escutado alguém dizer que iria matá-la, eu poderia afirmar que ela está realmente morta”, disse.
Quando conversa com Bruno por telefone, Dayanne conta que ele chora muito com saudade das filhas. Também reclama da comida servida no presídio. “Eu, que estive dentro de uma penitenciária, sei que é um inferno. Antes, quando Bruno jogava, ele tinha uma alimentação balanceada. Comia muito carboidrato, macarrão, salada, peixe, carne vermelha e bastante suco natural. Hoje, ele come quando a avó leva”, disse Dayanne.