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Quer passar em concurso público? Invista no inglês

Com mais de 30 mil vagas em certames pelo país, com a maioria exigindo domínio da língua estrangeira, professor alerta para a necessidade de se preparar para garantir pontos e ficar à frente dos concorrentes


18/01/2019 11:26 - atualizado 18/01/2019 12:01

(foto: geralt /Pixabay)
(foto: geralt /Pixabay)


“Considering language use in the text, it’s correct to say:” Esta é uma típica pergunta da prova de inglês de qualquer concurso. Além do vocabulário, é preciso saber interpretar. No entanto, ao longo dos anos tem sido um pesadelo e derrubando muitos candidatos. O que poderia ser uma vantagem competitiva, acaba sendo uma derrota, já que a língua estrangeira deixa tensa grande parte dos concurseiros que mais se preocupam em não zerar a prova. Sem dominar o idioma, acabam por desperdiçar oportunidades, já que a maioria dos concursos públicos exige o inglês.

Rodrigo Berghahn, professor e coordenador da rede Minds Idiomas, alerta que o inglês acaba sendo prova eliminatória para muitos candidatos: “Tanto em concursos públicos quanto nos vestibulares, o inglês não é mais um diferencial. Não é mais como outrora: uma forma de se garantir mais pontos e ficar à frente dos demais concorrentes. A língua se tornou um pressuposto para entrar nos melhores cargos de concursos públicos e nas melhores universidades”.

Para aprender outra língua, questões simples como o que é sujeito/predicado no português não é de conhecimento dos estudantes que querem dominar inglês. É preciso melhorar o ensino da língua portuguesa para que isso possa se refletir nos demais idiomas também

Rodrigo Berghahn, professor e coordenador da rede Minds Idiomas

O medo de ser eliminado errando todas as questões da prova tira o sono de muitos candidatos. Conforme Rodrigo Berghahn, não há como definir o mínimo de conhecimento que é preciso ter: “Tudo vai depender, principalmente, da capacidade desse candidato(a) de saber interpretar um texto/artigo em inglês. Não é necessário que ele saiba todo o vocabulário do enunciado e/ou do texto em si, mas é preciso ter a capacidade analítica de chegar à compreensão/objetivo daquele artigo. E dessa forma conseguir ter sucesso na sua resposta. Resumindo: esse candidato tem que ler muito em inglês, assistir séries no idioma sem legenda (algo bem comum com o sucesso dos streaming, como Netflix) e escutar e ler sempre em inglês quando puder, na sua rotina”.

Para Rodrigo Berghahn, ninguém vai a lugar nenhum sem praticar e estudar. O comprometimento é fundamental: “Reservar pelo menos uma hora por dia para o idioma. É na rotina que aprendemos”. 

Quanto ao conteúdo cobrado nos concursos, Rodrigo Berghahn avisa que cada concurso público/ vestibular exige conteúdos variáveis, mas a grande maioria pede muita interpretação de texto e gramática. O candidato precisa estar atento e ler bem o manual das provas. O conhecimento técnico anda de mão dadas com o conhecimento empírico.

 
Para Rodrigo Berghahn, o conhecimento técnico anda de mão dadas com o conhecimento empírico(foto: Janiana Faria/Divulgação)
Para Rodrigo Berghahn, o conhecimento técnico anda de mão dadas com o conhecimento empírico (foto: Janiana Faria/Divulgação)


Aliás, Rodrigo Berghahn alerta que não basta só o conhecimento técnico ou somente ser fluente na língua. Para quem sonha com a aprovação, um domínio anda de mãos dadas com o outro: “Tem que ter o conhecimento técnico aliado com o empírico, com as experiências que esse individuo tem com a língua no dia a dia. Tudo isso faz diferença. Às vezes, ficamos tão focados nos conhecimentos técnicos para conseguir uma boa colocação, que esquecemos que o inglês pode ser o diferencial para conseguir a vaga. Muitos negligenciam o estudo da língua. Isso ocorre com alguns estudantes de vestibulares também”. 

NÍVEL DO ENSINO Vale registrar que a dificuldade em dominar o inglês é uma realidade para a maioria dos brasileiros. O Brasil segue no grupo de países com “proficiência baixa”, segundo a edição 2018 do Índice de Proficiência em Inglês (EPI) divulgado pela EF Education First, empresa de educação internacional especializada em intercâmbio. O país registrou a pontuação de 50,93 ano passado, menor do que a de 2017, que foi de 51,92, o que fez com que passasse da 41ª posição para a 53ª. “É fato que precisamos melhorar os índices de proficiência no idioma. Porém, temos que contextualizar a situação no país. Durante muitos anos foi proibido no país aprender/usar outros idiomas. Algumas comunidades como as japonesas mantiveram suas escolas e seu idioma escondido. Durante alguns anos houve essa represália com o chamado nacionalismo.”

Para Rodrigo Berghahn, o baixo domínio da língua não é culpa do inglês ensinado nas escolas (já que nem todos podem pagar um curso particular): “O ensino passou a ser letivo nas escolas há poucos anos. Generalizar afirmando que as escolas têm um ensino ruim do inglês é simplificar a situação. Há escolas regulares com bons professores e muitos alunos que aprendem um segundo idioma nelas, porém é fato que é preciso melhorar. Quanto a questão dos valores dos cursos de inglês é outro ponto a ser debatido. Há várias escolas/cursos que oferecem bolsa. Na Minds mesmo temos alunos que viraram nossos professores e começaram o ensino com bolsa. Outra questão está no ensino da língua materna! Para aprender outro idioma, questões simples como o que é sujeito/predicado no nosso idioma não é de conhecimento dos estudantes que querem aprender inglês. É preciso melhorar o ensino da língua portuguesa para se refletir nos demais idiomas também”.

DOMÍNIO DA LÍNGUA

Veja o resultado do nível de proficiência em vários países do mundo apontado pelo Índice de Proficiência em Inglês (EPI) divulgado pela EF Education First, empresa de educação internacional especializada em intercâmbio, em 2018. 

Países com proficiência "muito alta"
1º – Suécia (70,72)
2º – Holanda (70,31)
3º –  Cingapura (68,63)
4º – Noruega (68,38)
5º – Dinamarca (67,34)
6º – África do Sul (66,52)
7º – Luxemburgo (66,33)
8º – Finlândia (65,86)
9º – Eslovênia (64,84)
10º – Alemanha (63,74)
11º – Bélgica (63,52)
12º – Áustria (63,13)

Países com proficiência "alta":
13º– Polônia (62,45)
14º– Filipinas (61,84)
15º – Suíça (61,77)
16º – Romênia (60,31)
17º – Croácia (60,16)
18º – Sérvia (60,02)
19º – Portugal (60,02)
20º – República Tcheca (59,99)
21º – Hungria (59,51)
22º – Malásia (59,32)
23º– Grécia (58,49)
24º – Eslováquia (58,11)
25º – Bulgária (57,95)
26º – Lituânia (57,81)
27º – Argentina (57,58)

Países com proficiência "moderada":
28º – Índia (57,13)
29º – Nigéria (56,72)
30º – Hong Kong, China (56,38)
31º – Coreia do Sul (56,27)
32º – Espanha (55,85)
33º – Líbano (55,79)
34º – Itália (55,77)
35º – França (55,49)
36º – Costa Rica (55,01)
37º – República Dominicana (54,97)
38º – Bielorrússia (53,53)
39º – Senegal (53,50)
40º – Uruguai (53,41)
41º – Vietnã (53,12)
42º – Rússia (52,96)
43º – Ucrânia (52,86)
44º – Macau, China (52,57)

Países com proficiência "baixa":
45º – Geórgia (52,28)
46º – Chile (52,01)
47º – China (51,94)
48º – Taiwan, China (51,88)
49º – Japão (51,80)
50º – Paquistão (51,66)
51º – Indonésia (51,58)
52º – Albânia (51,49)
53º – BRASIL (50,93)
54º – Etiópia (50,79)
55º – Guatemala (50,63)
56º – Panamá (49,98)
57º – México (49,76)
58º – Sri Lanka (49,39)
59º – Peru (49,32)
60º – Colômbia (48,90)
61º – Bolívia (48,87)
62º – Egito (48,76)
63º – Bangladesh (48,72)
64º – Tailândia (48,54)
65º – Equador (48,52)


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