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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Incorporação à vista? Redes Bernoulli e Santa Maria acertam parceria

Projeto pedagógico foi testado em projeto-piloto no Santa Maria de Sete Lagoas em 2019 e agora chegará às 13 unidades de um dos colégios mais antigos da capital


09/12/2020 04:00 - atualizado 09/12/2020 07:21

Grupo Bernoulli tem um rol de 600 escolas parceiras que adotam o sistema de ensino ou, na prática, os livros do colégio(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 3/7/19)
Grupo Bernoulli tem um rol de 600 escolas parceiras que adotam o sistema de ensino ou, na prática, os livros do colégio (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 3/7/19)
A parceria pedagógica entre duas grandes instituições da educação mineira suscitou rumores sobre a incorporação de mais uma escola tradicional de Belo Horizonte. Depois de o Colégio Padre Eustáquio, no bairro homônimo, na Região Noroeste da capital, se tornar parte da Rede Marista, seria a vez de os colégios Santa Maria mudar de gestão. Sob a tutela da Arquidiocese de Belo Horizonte e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), eles passariam para o guarda-chuva do Bernoulli Rede de Ensino.  

O boato ganhou força depois de o comunicado de parceria entre as duas instituições ser enviado para colaboradores e começar a circular em redes sociais. Mas as diretorias das instituições negam a fusão, informando tratar-se apenas de reformulação no material didático.   

A nova didática foi testada em projeto-piloto no Santa Maria de Sete Lagoas, na Região Central do estado, em 2019. A dobradinha vai atingir as 13 unidades de um dos colégios mais antigos da capital, em todos os níveis de ensino, variando o grau de parceria de acordo com a demanda e decisão de cada unidade. Assim, entre uma e outra pode haver diferença, por exemplo, nas séries a partir das quais o novo método será adotado. No Coração Eucarístico, na Região Nordeste de BH, é certo que a mudança ocorrerá apenas na metodologia de aprendizado do inglês, mas atingirá toda a escola.   

Do lado do Bernoulli, a aliança integra um rol de 600 escolas parceiras que adotam o sistema de ensino ou, na prática, os livros do colégio. “Os livros de hoje não são como os de antigamente. Por isso, preferimos dizer que a parceria é para soluções pedagógicas. O aluno tem no livro dele um QR Code que lhe permite acessar um vídeo, uma videoaula, podcasts, um jogo, além da nossa plataforma. No ambiente virtual de aprendizagem, o estudante encontra todo o material enriquecido com essas mesmas ferramentas que o QR Code propicia”, afirma o diretor de Ensino do grupo, Rommel Domingos.   

Do lado do Santa Maria, por meio da assessoria de imprensa, o colégio garante que não tem intenção e que nunca houve negociação com qualquer grupo para se desfazer de nenhuma das unidades, acrescentando que a ideia é investir na tecnologia da educação. “O Colégio Santa Maria Minas preza por parcerias que preveem um grande progresso para ambas as instituições, e, acima de tudo, para nossos estudantes”, afirma em comunicado que será enviado aos pais.   

Rommel Domingos também nega o interesse e explica que a ideia de crescimento do grupo é sempre a partir de unidades próprias. O Bernoulli conta hoje com três delas em BH e duas em Salvador (BA). Segundo ele, aumentar está, sim, no radar, mas nada definitivo. “Cada escola tem um DNA, sua alma e seus valores. São características muito próprias e por enxergar isso não vamos na direção de alguns grupos do país, de formar um conglomerado que incorpora centenas de escolas.”  

HISTÓRIA

 A história do Colégio Santa Maria remonta a 20 de julho de 1903, quando foi inaugurado pelas Irmãs Dominicanas, por intermédio do conselheiro Afonso Pena e do barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores do Brasil. Funcionou inicialmente no palacete Antônio Olinto, onde hoje está instalada a Basílica Nossa Senhora de Lourdes, sendo depois transferido para o Palacete do Conde de Santa Marinha, próximo à Estação Ferroviária. Ganhou casa definitiva em 22 de maio de 1909,  na Rua Jacuí, no Bairro Floresta, Região Leste de BH. 

Em 1968, o Colégio Santa Maria e o Colégio Arquidiocesano formaram o Instituto Arquidiocesano de Ensino, que integrou novas instituições ao longo dos anos e, em 1985, constituiu o Sistema de Ensino Arquidiocesano, mantido pela Sociedade Mineira de Cultura (SMC), instituição filantrópica, confessional e católica, criada pela Arquidiocese de Belo Horizonte. Há dois anos, os colégios da rede passaram a se chamar Santa Maria Minas como forma de padronização em relação à PUC Minas.  

Em BH, além das unidades Floresta e Coração Eucarístico, os colégios estão presentes nos bairros Cidade Nova (Santa Maria espanhol) e Jardim Vitória na Região Nordeste; Nova Suíça (Região Oeste); Conjunto Taquaril e Santa Efigênia, na Região Leste; e Planalto (Pampulha). Na Grande BH, fazem parte da rede colégios em Nova Lima, Betim e Contagem.  

MEMÓRIA

Em outubro, o Colégio Padre Eustáquio, na Região Nordeste de BH, anunciou o fim de suas atividades e a incorporação à rede de ensino Marista, responsável pelo Marista Dom Silvério, no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul. A fusão se dará a partir do início do ano que vem e a escola passará a se chamar Colégio Marista Padre Eustáquio. Um mês antes, o Colégio Metodista Izabela Hendrix, também na Centro-Sul e um dos mais tradicionais da capital, fechou as portas. A pandemia foi a gota d’água para crise financeira que vinha enfrentando nos últimos anos. Na mesma época, também fechou definitivamente o Jardim Azul, o segmento infantil do Colégio Imaculada Conceição, no Bairro de Lourdes.


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