Vale

A queda da Vale foi influenciada pela economia chinesa

REUTERS/Pilar Olivares
O ano de 2023 tem mostrado um revés para a Vale (VALE3), cujas ações amargaram uma perda aproximada de um quarto do seu valor. Esse desempenho negativo influenciou o Ibovespa, que poderia ter alcançado a marca de 131 mil pontos, mas estagnou nos atuais 118 mil, conforme análise da XP. 

Em resposta a essa tendência, as empresas Órama e Warren optaram por remover a Vale da sua seleção semanal de ações neste início de julho. Em seu lugar, apostaram em 'small caps', empresas com potencial de crescimento acelerado.
 

A queda da Vale foi influenciada pela economia chinesa, que esteve praticamente estagnada no último ano devido à política de covid zero adotada para controlar a pandemia. Com o fim dessa política em 2022, havia expectativa de aumento da demanda chinesa por minério de ferro, o que beneficiaria a Vale. Contudo, a recuperação econômica chinesa pós-covid vem perdendo força, principalmente no setor de infraestrutura.

Por outro lado, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, teve um decréscimo de 0,75% na última semana, mas fechou o mês de junho com um aumento de 9%. No primeiro semestre, a alta foi de 7,61%.

Bancos, corretoras e casas de análises estão apostando em ativos de empresas que podem se valorizar com a possível queda na taxa de juros, prevista para o próximo mês. Empresas de tecnologia, como a Locaweb (LWSA3), estão no radar dessas instituições, assim como o setor de construção, representado por EZTec (EZTC3) e Cury (CURY3). Essas empresas também são favorecidas pelo novo programa Minha Casa Minha Vida, voltado para a habitação popular.

As trocas de ações foram diversas entre as carteiras de investimentos das empresas BB Investimentos, Órama, Mirae Asset, Mycap e Warren, com destaque para a entrada das ações da Locaweb, EZTec, Bradesco e Banco Inter.