Eletrobras

Investidores que aplicaram seu FGTS na Eletrobras podem resgatar recursos um ano após aplicação

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Um ano após a privatização da Eletrobras, as ações da empresa apresentaram queda de 8,5%, contrariando as expectativas iniciais de especialistas do mercado financeiro. A variação não leva em consideração os dividendos distribuídos pela companhia no período.

Em junho de 2022, as ações foram vendidas a R$ 42, fechando na última quarta-feira (14) a R$ 38,44. A diminuição no valor das ações não implica necessariamente em prejuízo para os investidores, a menos que optem por vender (resgatar) sua parcela na empresa com o preço inferior ao momento da compra.

A privatização da Eletrobras foi proposta pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e aprovada com modificações pelo Congresso em junho de 2021, sendo convertida em lei no mês seguinte. As críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca reverter a privatização, são apontadas por alguns analistas como influências negativas no desempenho das ações.

Os investidores que aplicaram seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na Eletrobras podem resgatar os recursos um ano após a aplicação. No entanto, o dinheiro retorna para a conta vinculada do FGTS e só pode ser sacado em situações específicas estabelecidas por lei.
 

Em fevereiro deste ano, Lula criticou o processo de privatização da Eletrobras, classificando-o como 'lesa-pátria' e 'quase bandidagem'. Ele também afirmou que os termos da venda são prejudiciais ao governo, pois impedem que a União recupere o controle acionário da empresa.

Em maio, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) visando barrar aspectos da privatização da Eletrobras. O governo questiona partes da lei que tratam do poder de voto dos acionistas, alegando que a lei reduziu indevidamente a relevância dos votos a que teria direito.