Dinhero

A inflação elevada prejudica o poder de compra

Istok
Nesta segunda-feira (29/5), o Banco Central divulgou o relatório Focus, que revela uma redução na projeção de inflação para 2023, de 5,80% para 5,71%. Mesmo com a diminuição, a estimativa ainda ultrapassa o teto da meta de inflação estabelecido pelo governo, que é de 4,75%. O levantamento consultou mais de 100 instituições financeiras sobre suas expectativas para a economia brasileira.

A queda na projeção de inflação para 2023 ocorre em meio a um aumento nas estimativas de crescimento do nível de atividade econômica. Caso a previsão se concretize, será o terceiro ano consecutivo em que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) supera o limite máximo estipulado pelo sistema de metas de inflação. Em 2022, o IPCA registrou 5,79%.

A inflação elevada prejudica o poder de compra, especialmente das pessoas com salários menores, uma vez que os preços dos produtos sobem sem que os salários acompanhem esse aumento. Para 2024, a estimativa do mercado financeiro para a inflação permanece estável, em 4,13%. A meta de inflação do próximo ano, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se variar entre 1,5% e 4,5%.

No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro aumentou de 1,20% para 1,26% na última semana. Esse crescimento ocorreu após a divulgação da prévia do PIB pelo Banco Central, que indicou um avanço de 2,40% no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano. Para 2024, a projeção de crescimento se manteve em 1,30%.

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro prevê um índice de 12,50% ao ano para o fim de 2023, mantendo a expectativa atual. Para o fim de 2024, a estimativa se manteve estável, em 10% ao ano, indicando uma possível queda do juro no próximo ano.

Outras projeções do mercado financeiro, segundo o relatório Focus, incluem a taxa de câmbio para o fim de 2023, que diminuiu de R$ 5,15 para R$ 5,11, e para o fim de 2024, que passou de R$ 5,20 para R$ 5,17. Além disso, a expectativa para o superávit da balança comercial em 2023 se manteve em US$ 60 bilhões, enquanto a previsão para 2024 aumentou de US$ 54,6 bilhões para US$ 55 bilhões. A entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu estável, em US$ 80 bilhões para ambos os anos.