Voos

A demanda tem se aproximado dos níveis pré-pandemia.

Edesio Ferreira /EM
A retomada da demanda por voos domésticos no Brasil tem ganhado força e se aproxima dos níveis pré-pandemia, registrados em 2019. De acordo com um relatório divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 24 de maio, a demanda por voos domésticos (RPK) em abril apresentou uma queda de apenas 2,9% em comparação com o mesmo mês de 2019. Paralelamente, a oferta (ASK) cresceu 2,5% no mesmo período. 

Contudo, a taxa de ocupação das aeronaves permanece 5,2% inferior à registrada em abril de 2019, resultando em uma ocupação de 77,6% dos assentos disponíveis em abril de 2022. No total, foram 7 milhões de passageiros embarcados em viagens no mercado doméstico durante o mês. A Latam liderou o mercado com 37,4% da demanda, seguida pela Gol (33%) e Azul (29,1%).
 

Em contraste, o segmento de voos internacionais vivencia uma recuperação mais lenta. Em abril, a demanda por voos internacionais ficou 12,1% abaixo do mesmo período em 2019, enquanto a oferta de assentos recuou 10,7%.

Além dos desafios impostos pela pandemia, o setor aéreo enfrenta um cenário de elevação nos preços das passagens, o que afeta a retomada total da demanda. Fatores como o aumento do custo dos combustíveis em 2022, em função da guerra na Ucrânia, e a valorização do dólar nos últimos anos têm impactado o setor. Apenas em abril, os preços das passagens aéreas aumentaram quase 12% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil. A tendência é que os preços continuem elevados devido ao período sazonal de férias escolares no meio do ano. Nos últimos 12 meses, a inflação das passagens acumula alta de 50%.