Floresta amazonica

Reativação do Fundo Amazônia e a queda de 68% no desmatamento da floresta amazônica em abril, em relação ao mesmo período de 2022, trazem esperança

Neil Palmer
O Brasil mostra-se como um país promissor no cenário atual, apresentando características únicas que o posicionam de maneira competitiva no mercado internacional. Essa vantagem é potencializada pela busca por uma economia verde e de baixo carbono, na qual o país demonstra grande potencial de crescimento. Com a maior biodiversidade do mundo, vasta disponibilidade de biomassa e uma matriz energética mais limpa que a maioria dos países, o Brasil possui os recursos necessários para assumir a liderança nessa nova economia.

O governo atual, liderado pelo presidente Lula, tem se empenhado no combate ao desmatamento e na luta contra as mudanças climáticas. O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin reitera a importância da neoindustrialização para promover o desenvolvimento industrial, gerar empregos qualificados e desenvolver regionalmente, com inclusão social. A economia verde é um dos pilares fundamentais dessa abordagem, baseada na biodiversidade, disponibilidade de biomassa e matriz energética limpa.

Recentemente, o presidente Lula assinou o decreto que qualifica a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, uma parceria entre a Universidade Estadual do Amazonas e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. Essa organização será responsável pela gestão do CBA, Centro de Bionegócios da Amazônia, que visa transformar a biodiversidade em riqueza para o país e benefício às comunidades locais.

A reativação do Fundo Amazônia e a queda de 68% no desmatamento da floresta amazônica em abril, em relação ao mesmo período de 2022, trazem esperança e alento às comunidades indígenas, extrativistas e ribeirinhas. O setor energético também apresenta avanços significativos, com a crescente participação de fontes eólicas e solares na matriz elétrica brasileira e o potencial extraordinário do biogás e biometano.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ampliou a mistura de biodiesel renovável no diesel fóssil de 10% para 12%, com previsão de atingir 15% nos próximos três anos. A produção de etanol de primeira e segunda geração, cogeração de energia elétrica e biogás a partir da vinhaça também estão em ascensão. Além disso, a matriz renovável brasileira possui potencial para produzir hidrogênio sustentável, considerado o combustível do futuro.

Para aproveitar ao máximo essas oportunidades, é fundamental aprovar uma lei que regulamente o mercado de carbono e transformar em lei o projeto que tramita na Câmara para regulamentar as eólicas offshore. Com a união de todos os envolvidos, o Brasil pode se tornar um líder global na economia verde e de baixo carbono, gerando emprego e riqueza para o país.