Posto de combustível com fila de veículos

Motoristas correm para postos de Belo Horizonte devido à possibilidade de aumento sobre os combustíveis nesta quarta-feira (1º/3)

Marcos Vieira /EM/D.A Press
A reoneração de tributos federais que incidem sobre gasolina e etanol prevista para esta quarta-feira (1/3) causou filas e um maior movimento nos postos de combustíveis de Belo Horizonte.

Dentista Luiza Andrade

Dentista Luiza Andrade diz depender muito do veículo particular para se deslocar pela região metropolitana de Belo Horizonte. Ela reside, trabalha e estuda em diferentes cidades

Marcos Vieira /EM/D.A Press
"A mudança do combustível afeta muito nosso orçamento semanal, principalmente para mim, que moro em BH, estudo em Vespasiano e trabalho em Betim", justificou a dentista e estudante de medicina Luiza Andrade. "Primeiro alerta que vejo de aumento de combustível, já me desloco para o posto para abastecer, pois qualquer mudança no valor já faz toda diferença", completou.

A preocupação dela é a mesma do contador Cláudio Madeira, de 56 anos, que afirmou que o aumento "pesa muito no bolso do brasileiro".

Posto cobrando R$ 4,78 e R$ 3,64 sobre combustíveis

Veículos fazem fila para abastecer nos postos que cobram R$ 4,78 sobre a gasolina

Marcos Vieira /EM/D.A Press
"Passei em uns três postos perto da Amazonas, e todos estavam R$ 4,99. Resolvi ir ao posto que abasteço sempre, demorei uns 15 minutos, mas abasteci a R$ 4,78", disse Cláudio sobre sua pesquisa de preços.

Posto Shell na avenida Tereza Cristina, debaixo do viaduto da rua Santa Quitéria, sem movimento devido ao aumento do preço do combustível com antecedência. Aumento dos combustíveis anunciado pelo Governo promove corrida aos postos de abastecimento.

Posto na avenida Tereza Cristina, debaixo do viaduto da rua Santa Quitéria, sem movimento, devido ao aumento do preço do combustível com antecedência

Marcos Vieira /EM/D.A Press
Ele acredita que o retorno dos impostos levará o combustível da capital mineira a R$ 5,50 e questiona: "Se o governo pode trabalhar com uma margem mais baixa de impostos, por que não fazer?".

No primeiro dia do novo governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma medida provisória para prorrogar a desoneração completa sobre álcool e gasolina.


Em uma tentativa de conter o alto preço sobre os combustíveis e a queda de popularidade, antes das eleições presidenciais, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou a decisão de zerar as alíquotas com prazo até 31 de dezembro.

Para reduzir o impacto fiscal, o novo governo prorrogou a desoneração sobre a gasolina e o etanol apenas até 28 de fevereiro deste ano. Os demais combustíveis (diesel, biodiesel e gás de cozinha) tiveram o benefício prolongado até 31 de dezembro.