Pessoas no Mercado Central de BH, ao fundo um papai noel

Festas de fim de ano impulsionaram o consumo em MG, principalmente dentro de supermercados

Leandro Couri/EM/D.A Press
O período de festas de fim de ano aqueceu o consumo em Minas Gerais com um avanço de 15% no faturamento total, além de um aumento de 14% no número de transações na comparação com o mesmo período em 2021. O levantamento foi realizado pelo Itaú Unibanco, com base nas compras feitas com cartões do banco.

Em dezembro, o estado foi o terceiro maior em quantidade de transações com cartões Itaú no Brasil, contabilizando 10% do total. Dessas movimentações, 48% foram compras à vista, com um ticket médio de R$ 82. Por outro lado, os consumidores ainda optaram pelas compras parceladas, 52%, com o valor médio de R$ 449.

O presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, Nadim Donato, relacionou essa preferência pelo parcelamento ao endividamento. “Muitas famílias ainda estão endividadas. Para não deixar de comprar presentes aos familiares, houve esse parcelamento feito no cartão de crédito”, observa Nadim.

A pesquisa do Itaú ainda observou que, considerando o recorte entre gerações, entre as pessoas com até 23 anos, o valor gasto no período avançou 52%, enquanto a quantidade de transações subiu 47%.
Para 2023, Nadim observa o cenário econômico com otimismo, acreditando em uma recuperação. “Tendo em vista que o índice de desemprego caiu, fechamos com contratações em alta o ano de 2022, o que reflete positivamente em 2023. O endividamento das famílias continua alto, mas tivemos uma queda na inadimplência das pessoas”, comenta.

Segmentos com mais consumo

O levantamento do Itaú ainda elencou os segmentos com o maior consumo no último mês de dezembro. Os supermercados lideram a lista com 19% de todas as compras e um avanço de 13% em relação a 2021. Completam o Top 5, mas empatados:
  • Postos de combustíveis - 6% (queda de 15% em relação a 2021);
  • Farmácias - 6% (aumento de 12%);
  • Lojas de Conveniência - 6% (aumento de 26%);
  • Fast Food - 6% (aumento de 5%).