O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 7, que, com a reforma administrativa, os servidores é que vão determinar quando carreira terá direito de estabilidade. "Cada carreira é que vai dizer qual é o método de avaliação", afirmou. "Com a contribuição de servidores atuais é que vamos redesenhar as carreiras de Estado. Os funcionários vão criar padrões ainda melhores", completou.
Segundo o ministro, a avaliação não será sobre o indivíduo, mas sobre o serviço. "O cidadão diz se o atendimento é bom ou ruim. Se tem alguém que faz gol contra, não atende ninguém, não tem espírito de equipe, assina e vai embora, ou comete alguma coisa desonesta, ele prejudica a avaliação do time inteiro. Então o próprio time é que vai dizer que esse funcionário não deve ganhar a estabilidade", explicou, em audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma administrativa (PEC 32/20). Mais cedo, ele participou de outra audiência na Casa, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Mais uma vez, o ministro avaliou que a proposta de reforma administrativa tem um potencial "muito menos explosivo" do que afirmariam os críticos da PEC. "Mas queremos um prazo para efetivar servidor após o concurso, para avaliá-lo por um tempo", enfatizou. "Passar em exame não mostra quem tem espírito público. É preciso mais que conhecimento", completou.
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