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Estado de Minas APLICATIVO DE NAMORO

A história de Whitney Wolfe, a bilionária mais jovem do mundo

Com apenas 31 anos, a empresária acumula fortuna de US$ 1,5 bilhão depois de abrir o capital de sua empresa, Bumble. Wolfe também se tornou a mulher mais jovem dos Estados Unidos a levar sua empresa para o mercado de ações.


19/03/2021 09:22 - atualizado 19/03/2021 10:22


Whitney Wolfe, cofundadora e CEO do aplicativo de namoro Bumble, tem fortuna de US$ 1,5 bilhão, segundo a Forbes(foto: Getty Images)
Whitney Wolfe, cofundadora e CEO do aplicativo de namoro Bumble, tem fortuna de US$ 1,5 bilhão, segundo a Forbes (foto: Getty Images)

Com apenas 31 anos, Whitney Wolfe é a bilionária mais jovem (não herdeira) do mundo, com uma fortuna de US$ 1,5 bilhão, segundo a revista Forbes. O título foi conquistado em fevereiro, quando a cofundadora e CEO do aplicativo de namoro Bumble abriu o capital da empresa.

Ela também se tornou a mulher mais jovem dos Estados Unidos a levar sua empresa para o mercado de ações. E fez isso carregando o filho nos braços.

Wolfe, nascida em Salt Lake City, Estados Unidos, conhecia o negócio de namoro online há anos: ela foi a cofundadora e vice-presidente de marketing do Tinder, um dos aplicativos mais populares do mundo nessa área.

No entanto, sua experiência naquela empresa não terminou bem. Em 2014, ela processou o Tinder por assédio sexual, alegando que seu ex-chefe e ex-parceiro, Justin Mateen, a insultou e a bombardeou com mensagens de texto ameaçadoras.

Embora a empresa tenha negado qualquer responsabilidade no assunto, Mateen foi suspenso e posteriormente renunciou ao cargo. A disputa terminou com um acordo extrajudicial, mas Wolfe declarou alguns anos depois no jornal The Times que a situação era muito difícil.

"Fui inundada com ódio online, muitos ataques, pessoas me insultaram, coisas realmente dolorosas que eu nunca tinha experimentado."

Ela passou a acreditar, segundo disse na entrevista, que aos 24 anos sua carreira profissional havia acabado. "Então, acordei uma manhã e pensei: 'Vou me reconstruir'.

Parece que essa "reconstrução" foi bem rápida. No mesmo ano em que seu relacionamento com o Tinder terminou, ela fundou a Bumble, com o bilionário russo Andrey Andreev. Embora também fosse um aplicativo de namoro, tinha uma característica diferente dos demais: apenas mulheres podiam iniciar uma conversa.

Segundo Wolfe, a ideia era dar às mulheres maior poder de decisão, fórmula que se mostrou eficaz com o sucesso da empresa.

Em novembro de 2019, Andreev deixou a empresa e um ano depois a empresa Blackstone comprou a participação do empresário russo.


Wolfe processou Tinder por assédio sexual antes de criar a empresa Bumble(foto: Getty Images)
Wolfe processou Tinder por assédio sexual antes de criar a empresa Bumble (foto: Getty Images)

Carreira relâmpago

Quando tinha 11 anos, Wolfe foi morar com sua família na França. Alguns anos depois, voltou aos Estados Unidos para terminar o ensino médio e cursar a faculdade, de acordo com o The Washington Post.

Enquanto estudava Relações Internacionais na Universidade Metodista Meridional, Texas, ela abriu alguns pequenos negócios e fundou uma organização sem fins lucrativos para apoiar causas ambientais.

Aos 22 anos, ela se juntou à Hatch Labs em Los Angeles e, enquanto trabalhava lá, entrou em contato com uma startup chamada Cardify, dirigida por Sean Rad. Foi quando Wolfe, Rad e outros trabalharam para criar o aplicativo de namoro Tinder, de acordo com a Money Inc.

Perfil feminista da empresária

O Bumble foi criado como um aplicativo de namoro, mas com o tempo a empresa expandiu seus negócios. Além de contatar potenciais parceiros, o aplicativo também possui um espaço para encontrar novos amigos, e outro para gerar contatos profissionais.

Como parte da expansão dos negócios, Wolfe ganhou destaque na mídia com um discurso feminista e um perfil de defensora dos direitos humanos.

"Estou mais dedicada do que nunca a ajudar a promover a igualdade de gênero e acabar com a misoginia que ainda assola a sociedade", escreveu ela em uma carta postada no site de sua empresa, expressando também seu apoio ao movimento Black Lives Matter.


'Vamos fazer com que fotos de pênis sejam ilegais', disse Whitney Wolfe à Bloomberg, relembrando a época em que decidiu apoiar a criação de uma lei no Texas(foto: Getty Images)
'Vamos fazer com que fotos de pênis sejam ilegais', disse Whitney Wolfe à Bloomberg, relembrando a época em que decidiu apoiar a criação de uma lei no Texas (foto: Getty Images)

'Vamos fazer com que fotos de pênis sejam ilegais'

Ela também promoveu a aprovação de uma lei no Texas que penaliza o envio de fotos mostrando "partes íntimas", com multa de US$ 500. Em entrevista à Bloomberg, publicada em janeiro de 2020, Wolfe lembrou o dia em que decidiu iniciar uma campanha contra as fotos de pênis. "Tudo começou quando eu invadi uma reunião e disse 'Gente, vamos fazer uma lei e vamos tornar as fotos do pênis ilegais!'"

Obviamente no Bumble você não pode enviar fotos de pênis. Atualmente, a empresa afirma ter 81 milhões de usuários em 150 países e é o segundo aplicativo de namoro mais popular nos Estados Unidos, depois do Tinder.

Embora alguns especialistas tenham criticado a empresa por focar sua estratégia de marketing nas mulheres, reduzindo suas chances de crescimento entre os homens, a empresa tem tido bons resultados.

Em meio à pandemia de covid-19, o Bumble registrou receita de US$ 417 milhões nos primeiros nove meses de 2020, um aumento significativo em comparação aos US$ 363 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.

O que Wolfe fará agora que a empresa está no mercado de ações? Seus planos são um mistério. O que ela disse publicamente, em entrevista à CNBC no mesmo dia da abertura do capital com o lançamento das ações em bolsas de valores (IPO - Initial Public Offer), é que continuará trabalhando para o sucesso da empresa.

"Todos os dias nos levantamos de manhã e nos concentramos em construir uma experiência em torno das mulheres, para mulheres."


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