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Estado de Minas CARNE SALGADA

Preços de carnes bovinas disparam nos açougues da Grande BH

Entre as carnes pesquisadas, o patinho foi a que teve maior elevação, de 4,21%, chegando a custar R$ 37 o quilo. Já o filé-mignon é encontrado a R$ 52,94/kg


16/02/2021 14:14 - atualizado 16/02/2021 15:17

Variação de preços das carnes nos açougues da Grande BH chega a mais de 270% em alguns casos(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Variação de preços das carnes nos açougues da Grande BH chega a mais de 270% em alguns casos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
As carnes bovinas estão presentes na mesa de parte dos brasileiros em qualquer ocasião: seja para um churrasco ou até mesmo o almoço do dia a dia. E quem não abre mão do produto no prato sofreu com o aumento nos preços nos últimos meses. Segundo pesquisa do Mercado Mineiro com o aplicativo comOferta, as carnes tiveram o valor muito elevado, pesando no bolso do consumidor.

O levantamento aponta para aumento significativo no preço das carnes bovinas: o quilo do contrafilé subiu de R$ 42,42 para R$ 44,17, elevação de 4,13%.

O quilo do filé-mignon passou de R$ 50,86 para R$ 52,94, crescimento de 4,09%.

O quilo da chã de fora teve aumento de 3,41% passando de R$ 35,49 para R$ 36,70. O quilo do patinho está 4,21% mais caro: de R$ 35,52 passou para R$ 37,02.

O quilo do miolo de alcatra, que era R$ 43,30, hoje custa em média R$ 44,98, 3,89% a mais.

“A carne bovina não para de aumentar, parece que não tem um teto. E não tem nada que se possa fazer, a não ser pesquisar muito porque a demanda dela externa está muito alta ainda”, opina Feliciano Abreu, economista e coordenador do Mercado Mineiro.

Suínos e asinha de frango tiveram queda


Em relação às carnes dos suínos, houve redução do preço médio nos últimos dois meses.

O quilo do lombo aparado, que custava em média R$ 22,79 caiu para R$ 21,31, redução de 6,5%.

O quilo do pernil sem osso passou de R$ 21,40 para R$ 19,95, queda de 6,80%. A costelinha ficou 6,54% mais barata: o preço médio, que era de R$ 23,21 o quilo, foi para R$ 21,69/kg.

No frango também foi destacado queda no preço médio da asinha, que passou de R$ 18,33 para R$ 16,58, redução de 9,54%.

Mas o frango congelado não seguiu a tendência, subindo de R$ 9,49 para R$ 10,09, aumento de 6,32%.

O frango resfriado também teve o preço inflacionado, passando de R$ 8,98 para R$ 9,33, 3,85% mais caro.

“A carne suína já reduziu o preço, em função da redução da demanda externa. Isso se reflete para o consumidor, mas ainda é distante do ideal. A expectativa é que ela reduza mais para que encoste no preço do frango para que este também tenha uma redução”, destacou Feliciano.
 

Variação de até 274% no preço

Já de um açougue para o outro, o levantamento do Mercado Mineiro apontou grande variação de preços nas carnes bovinas, sinal de que é preciso pesquisar muito antes de comprar.

O quilo do contrafilé pode custar de R$ 35,99 até R$ 69,95, variação de 94%. O da fraldinha, entre R$ 27,99 e R$ 52,90, diferença de 89%.

O quilo da maminha varia 87% nos açougues, custando de R$ 29,99 a R$ 56. A diferença no acém chega a 91%, de R$ 22,99 até R$ 43,99.

As variações nas carnes suínas são ainda maiores: o quilo de bisteca pode custar de R$ 11,99 até R$ 44,95, com variação de 274%.

O quilo do lombo inteiro custa entre R$ 9,99 e R$ 32,95, diferença de 229%. O do pernil com osso vai de R$ 12,99 a R$ 32,95, variação de 153%.

Nos frangos, o quilo da coxa e sobrecoxa varia 99%, custando de R$ 7,99 a R$ 15,95. O da asa resfriada é encontrado de R$ 10,99 a até R$ 23,95, variação de 117%.

O quilo do frango resfriado vai de R$ 7,05 a R$ 11,99, diferença de 70%.

Em relação a essa variação, Feliciano pondera: “Às vezes, a pessoa está com o produto estocado com preço antigo, o dono do açougue não repassa e acha que o consumidor vai comprar. Mas claro que qualidade e localização interferem também”, explica.
 

Mercado externo 

Ele aponta ainda que o mercado externo tem influenciado nessa variação de preço: “A China, se voltar a comprar a mesma quantidade que estava, vai ter aumento de preço novamente".

Ele ressalta que o dólar também interfere: “Se o dólar continuar do jeito que está agora, vai ser muito mais vantajoso exportar do que manter os produtos para o mercado interno”.

O levantamento do Mercado Mineiro foi feito em 38 estabelecimentos de toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, entre 12 e 13 de fevereiro de 2021.


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