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Estado de Minas EXPANSÃO

Pista livre para os patinetes elétricos

Peixe Urbano e Groupon adquirem startup de serviço de mobilidade com a promessa de dar continuidade às operações no Brasil e transformar a Grow em empresa rentável


postado em 12/03/2020 04:00

 No momento, a Grow promete manter a continuidade dos patinetes em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba (foto: Márcio Bruno/Divulgação)
No momento, a Grow promete manter a continuidade dos patinetes em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba (foto: Márcio Bruno/Divulgação)

Startup de patinetes elétricos Grow confirmou ontem que seu controle acionário foi adquirido pelo fundo latino Mountain Nazca, dono de marcas como Peixe Urbano e Groupon. Criada em 2019 a partir de uma fusão entre a brasileira Yellow e a mexicana Grin, a companhia de mobilidade passava por uma fase difícil, com falta de capital e problemas de governança, tendo fechado operações em 14 cidades do País e feito demissões em janeiro.
 
Por meio de nota, a empresa afirmou que a aquisição permitirá a continuidade de suas operações em três cidades do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba), bem como em cinco países da América Latina. Na nota, a Grow não comenta os valores da transação. No sábado, o jornal Estado de São Paulo publicou que a empresa tinha sido vendida pelo valor simbólico de US$ 1 - segundo fontes, a Mountain Nazca assumiu as dívidas da Grow, na casa das dezenas de milhões de dólares.
 
Atual vice-presidente de mobilidade da empresa, Roberto Cadavieco foi promovido a presidente-executivo global. Em nota, ele disse que o foco da empresa será ter um modelo de negócio rentável. Antes da Grow, Cadavieco já tinha liderado o Groupon no México.

Tropeços Um dos maiores problemas das startups de patinetes elétricos no mundo, até aqui, foi não ter um modelo de negócios que fosse lucrativo – o alto custo das viagens, afetado por roubos e dificuldades de manutenção, afastou muitos usuários. Em São Paulo, uma viagem de dez minutos de patinete custa cerca de R$ 8, o que coloca o modal em rivalidade com meios como o Uber.
 
Manter o negócio rodando e crescendo foi uma das principais dificuldades da Grow, que já surgiu, em 2019, com status de potencial unicórnio (startup avaliada em pelo menos US$ 1 bilhão), em uma operação de fusão que envolveu US$ 150 milhões. Não era à toa: uma de suas partes, a Yellow, foi criada por Ariel Lambrecht e Renato Freitas, cofundadores do primeiro unicórnio brasileiro, a 99.
 
Mas a promessa não se concretizou: com expansão desordenada, a empresa também não conseguiu captar recursos no mercado. Em abril de 2019, a Grow negociava um aporte de US$ 150 milhões com o SoftBank - transação frustrada por divergências em números estratégicos. As disputas internas entre mexicanos e brasileiros também foram um problema e levaram à saída dos sócios da Yellow no dia a dia da Grow. 


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