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Estado de Minas

Domésticas respondem Guedes: 'Disney, só se for para cuidar dos filhos dos patrões'

Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) responde declaração de Guedes sobre viagens de domésticas na época de dólar baixo


postado em 13/02/2020 20:23

Paulo Guedes disse que dólar alto não era um problema(foto: World Economic Forum/Walter Duerst )
Paulo Guedes disse que dólar alto não era um problema (foto: World Economic Forum/Walter Duerst )
A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) emitiu, nesta quinta-feira (13/2), nota de repúdio à declaração em que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o dólar alto não era um problema e que estava na hora de parar com a "festa" das empregadas domésticas indo à Disney.
 
A Fenatrad ainda afirmou que, com o atual salário da categoria, só dá para ir para a Disney se for a trabalho, para cuidar dos filhos dos patrões.
 
“Com o salário que recebe uma doméstica neste país, a viagem à Disney só ocorre se for acompanhando os empregadores, para tomar conta de seus filhos. Ou seja, a viagem é a trabalho. O salário mal dá para garantir uma cesta básica, nem mesmo financiar um momento de lazer com a sua família”, afirmou a presidente da Fenatrad, Luiza Batista.

"Direito de gastar como quiser"

Hoje, as empresas domésticas costumam receber um salário mínimo, que foi fixado em R$ 1.045 neste ano. Mas, lembrou Luiza, mesmo que não tenham condições se presentear com uma viagem à Disney já que o dólar superou os R$ 4,30, podem gastar seu salário como quiserem.
 
"As domésticas contribuem para a economia mundial. Somos representantes da classe trabalhadora, e temos o direito de gastar o dinheiro como desejar”, disse.
 
A presidente da Fenatrad concluiu, então, que Guedes fez uma "declaração extremamente preconceituosa e infeliz" ao sugerir que as empregadas não deveriam ir à Disney.
 
"Como um representante do alto escalão do Governo Federal pode emitir uma fala discriminatória contra uma classe tão importante para a sociedade?", questionou Luiza, pedindo que o ministro da Economia respeite os trabalhadores. “É um absurdo um ministro da Economia falar tal asneira. Poucos dias depois de chamar os servidores de parasitas, esse cidadão choca de novo o país falando tamanha besteira”, acrescentou a secretária-geral da Fenatrad, Creuza Oliveira.


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