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Estado de Minas TEMPO DE NOEL

Importados para a ceia de Natal começam a chegar ao comércio de BH

Itens típicos nas lojas no fim de ano são negociados com cautela pelo comércio especializado e os supermercados, que terão pouca margem para repassar aumentos


postado em 03/11/2019 06:00 / atualizado em 03/11/2019 08:46

Frutas secas, castanhas, bacalhau e vinho desembarcam no comércio de BH, após queda de braço entre comerciantes e seus fornecedores(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Frutas secas, castanhas, bacalhau e vinho desembarcam no comércio de BH, após queda de braço entre comerciantes e seus fornecedores (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
A menos de dois meses do Natal, o comércio especializado em produtos importados típicos da ceia e os supermercados preparam os estoques com cautela, mas confiando no apelo das festas de fim ano. Itens tradicionais como bacalhau, azeites, frutas secas, castanhas e vinhos garantem parte importante das vendas nesse período. Como a economia mostra sinais de pequena melhora, a expectativa dos lojistas é de pelo menos repetir o nível de vendas do ano passado. Os mais otimistas trabalham com previsão de comercializar 10% a mais. Quanto aos preços para o consumidor, prometem etiquetas sem muita surpresa, a despeito da incerteza sobre o câmbio.
A Casa do Vinho, revendedora com duas lojas em Belo Horizonte, já está com parte do estoque pronto para o Natal e encomendou mais produtos. O sócio-diretor da loja, André Martini, tem expectativas “razoavelmente boas”, como define. Ele explica que o fim de ano é uma época promissora para o segmento, o que faz necessário estar preparado também para depois das festas. “Normalmente as pessoas presenteiam, é uma bebida mais social. As comemorações vão ajudar”, diz.

Porém, o empresário prefere não fazer projeções sobre os preços nas prateleiras, principalmente devido às flutuações no câmbio. Na empresa, os preços dos demandados vinhos franceses, italianos e portugueses variam de R$ 59,90 a quase R$ 9 mil. A produção dos vizinhos Argentina e Chile chega em garrafas de menor custo, que variam de R$ 39,90 a R$ 65.

O Verdemar Supermercado & Padaria elevou as encomendas de importados, esperando crescimento de vendas em relação ao ano passado. A gerente de Compras Internacionais da rede, Gisela Maruch, conta que a empresa ampliou as linhas de produtos e conseguiu novas parcerias com produtores estrangeiros. Gisela acredita que, neste ano, produtos importados como panetones, trufas, chocolates, massas especiais e até mesmo latas de bombons puxarão as vendas motivadas pelas comemorações de Natal.

“Apesar das flutuações no câmbio, sempre tentamos negociar com os fornecedores para conseguir manter os preços”, diz. Os panetones importados deverão variar entre R$ 27,98 e R$ 39,98. A previsão de preço para o pote da trufa é de R$ 59,98. As caixas de bombons natalinos deverão custar R$ 19,98, enquanto as massas tendem a ficar na mesma faixa de preço de 2018. Já as latas, que podem servir de presente, podem chegar por R$ 49,98.

O Mercado Central de Belo Horizonte oferece muitos dos produtos tradicionais para o Natal. A loja Império dos Cocos trabalha com produtos natalinos, como nozes californianas, ameixas argentinas e cerejas, durante o ano todo. “No final do ano, a gente não importa, vai fazendo aquele acompanhamento”, conta o proprietário Antônio Sérgio Tavares. O que ele faz é manter um estoque regulador, já que seria muito tarde começar a importar em novembro para o Natal. “Como nos últimos anos a economia está fraca, tem que tomar muito cuidado para não sobrar produto”, diz.

Na avaliação do comerciante, 2019 não tem oferecido muita margem para aumento de preços, já que a procura está baixa, o que reduz a capacidade do comerciante de repassar os reajustes aplicados pelos fornecedores. No momento, o quilo da noz com casca, no empório, custa R$ 39. Já o da ameixa com caroço é vendido por R$ 14. Enquanto isso, o quilo da cereja custa R$ 45. Além disso, muitos produtos típicos de fim de ano, como a castanha portuguesa, que tem preço estimado de R$ 60 o quilo, são muito perecíveis. Por isso, o que for encomendado precisa ser vendido já em dezembro. Há pelo menos nove anos, Antônio Sérgio prefere comprar de importadores de São Paulo. “Já perdi muito dinheiro com isso”, relata.

No Empório Ananda, também no Mercado Central, o forte para as festas de fim de ano são as tâmaras espanholas e o damasco turco. O gerente Eduardo Carlos de Campos planeja comprar 10% mais neste ano. “A gente sempre espera um Natal melhor do que no ano anterior”, avalia. Porém, as encomendas devem começar somente em dezembro. Eduardo acredita que as nozes terão bom ritmo de vendas em 2019, já que o preço está “diferenciado”, segundo o gerente da empresa, em relação ao ano passado. Atualmente, o quilo da tâmara fresca é vendido a R$ 64, enquanto o preço da fruta sem caroço é R$ 32,80. Já o quilo do damasco miúdo custa R$ 25,80, ao passo que o graúdo é vendido por R$ 32,80 o quilo.

Produto fresco A especialidade da Banca Santo Antônio é o bacalhau, muito procurado até mesmo como substituto do peru na ceia de Natal. Como o peixe é perecível, a loja só compra o que pode manter exposto nos freezers. “Hoje, há uma rotatividade maior desse produto, então eu não preciso manter estoque. Há alguns fornecedores para os quais se eu peço hoje, amanhã já nos entregam aqui”, conta o gerente Rafael Igino. Ainda assim, ele vai começar a adiantar algumas compras no meio deste mês, para não correr o risco de receber um lote ruim de mercadoria em cima da hora.

Rafael não pretende encomendar mais do que o ano passado: “A gente espera que as vendas subam, mas se ficar estável está ótimo”. Como o bacalhau, que vem principalmente da Noruega, é cotado em dólar, o gerente garante que só aumenta o preço se a moeda americana disparar. Hoje, o consumidor encontra o produto na Banca Santo Antônio por R$ 52 o quilo do peixe salgado tipo saithe.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Marta Vieira
 

Supermercado busca até 30% no exterior


De acordo com um levantamento da Associação Mineira de Supermercados (Amis), a expectativa dos supermercadistas mineiros é de que as vendas cresçam pelo menos 3,5% no Natal deste ano, frente a 2018. Ainda com base em pesquisa, o setor de vinhos deverá apurar crescimento de 7%, entre itens nacionais e importados.

A gerente de Compras Gisela Maruch explica que a Rede Verdemar buscou países diferentes para se preparar para as vendas motivadas pelas festas de fim de ano. Além de Espanha, Portugal e Itália, produtores da Bélgica, Tailândia e África do Sul surgem como tendência no fornecimento de produtos para o fim de ano. As encomendas do hipermercado para o Natal começaram a ser feitas entre julho e agosto, para evitar faltar no momento de alta das compras.

Segundo o superintendente da Amis, Antônio Claret Nametala, algumas empresas chegam a trabalhar com 30% de produtos importados. No segmento de supermercados em geral, 3,3% dos produtos, em média, costumam vir do exterior. Claret afirma que dentro desse grupo, o vinho, ao lado dos azeites e das frutas secas, lidera o consumo durante as festas de fim de ano. As empresas encomendam no meio do ano os produtos para o Natal. “Normalmente, olha-se com antecedência. Agora é hora de preocupar em vender, não em comprar”, diz. (FQ)
 


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