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Ainda há muito a caminhar

Brasil sobe um degrau no ranking de competitividade global, passando da 72ª para 71ª posição na lista de 141 economias pesquisadas pelo WEF. Contudo, continua abaixo da média mundial


postado em 10/10/2019 04:00


Planta da Fiat Chrisler Automóveis, em Betim. Aumento da produtividade industrial pode levar o Brasil a melhorar posição no índice global(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press %u2013 20/6/18)
Planta da Fiat Chrisler Automóveis, em Betim. Aumento da produtividade industrial pode levar o Brasil a melhorar posição no índice global (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press %u2013 20/6/18)




O Brasil subiu uma posição no Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) de 2019, divulgado ontem, passando da 72ª colocação, em 2018, para a 71ª colocação, neste ano, na lista de 141 países pesquisados pela entidade sediada em Genebra, na Suíça. Essa classificação, apesar de ter melhorado, não agradou à equipe econômica porque o país continua abaixo da média global.

“Não faz sentido o Brasil ficar abaixo de 70 países que são nossos competidores. Temos que olhar isso mesmo e melhorar nossa posição”, criticou o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa.

Nesse estudo, o país latino-americano melhor colocado é o Chile, que se manteve com a 33ª colocação no ranking, seguido do México. O Brasil foi o oitavo da região melhor colocado, à frente de Barbados, República Dominicana e Trinidade & Tobago, por exemplo.

O ranking das economias mais competitivas do planeta é liderado por Cingapura, seguido por Estados Unidos, Hong Kong e Holanda, conforme os dados do WEF. Esse estudo reflete os dados econômicos de 2018, mas inclui pesquisas de expectativas realizadas nos primeiros três meses de 2019. “O resultado não impacta o resultado do novo governo”, destacou Costa.

Segundo ele, o Brasil registrou avanço em alguns pilares do levantamento, como infraestrutura e dinamismo de negócios. Contudo, no caso da infraestrutura, ele reconheceu que esse dado apontou sensível melhora, em grande parte por conta das expectativas que constam na pesquisa do que nos dados efetivos. O secretário reconheceu que o país ainda precisa melhorar a produtividade e a competitividade. “Houve piora nos pilares de competição doméstica e abertura comercial, devido ao efeito distorcivo das taxas. Pioramos em dominância dos mercados entre os atores líderes”, lamentou.

OTIMISMO 

Apesar de a economia andar a passos lentos em meio aos ajustes fiscais do novo governo que estão ocorrendo em ritmo mais lento do que o esperado pelo mercado, o secretário demonstrou otimismo em melhorar a classificação do país até 2022. A meta de Costa é conseguir ficar entre as 50 economias mais competitivas do planeta, no máximo até 2023, quando será divulgado pelo WEF referente ao ano anterior. “Vamos chegar à 50ª até 2022 nos dois principais ran- kings de competitividade, do WEF e do Doing Business, do Banco Mundial. Essa meta é ousada, mas factível”, garantiu.

“O que ocorre no Brasil não é uma recessão cíclica. O que vivemos, nós herdamos. Foi a falência de um modelo que se esgotou e fracassou, mas levou a esse movimento trágico que recebemos”, afirmou. “O Brasil está entrando em uma nova trajetória de crescimento econômico, que não será viabilizado mais com o gasto público”, completou.

Para Costa, o crescimento econômico virá de um ajuste público e do aumento da produtividade. “Temos potencial de crescer mais de 4% se melhorar a nossa competitividade”, garantiu.

MEDIDAS REMODELADAS 

O secretário destacou como uma das medidas para melhorar essa posição a ampliação da capacitação de trabalhadores, item em que o país perdeu posições na média, passando de 94º para 96º lugar. Ao lado do secretário de Políticas Públicas para o Emprego da Sepec, Fernando Holanda, citou iniciativas existentes que a pasta está remodelando para mudar esse quadro, adequando a oferta de qualificação ao que o mercado realmente demanda.
 
 
Reformas essenciais ao crescimento

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo federal pretende se concentrar na discussão do pacto federativo, do qual a reforma administrativa faria parte, após a aprovação da reforma da Previdência no Senado. As medidas são consideradas essenciais para a recuperação da economia brasileira, inclusive para modernizar o país e aumentar sua competitividade.

“Estamos na expectativa de o Senado aprovar a reforma da Previdência, parece que está andando tudo direitinho e, assim que fechar isso, entramos na próxima fase, que é o pacto federativo. A reforma administrativa é um capítulo desse plano maior que é o pacto federativo”, disse o ministro a jornalistas.

O ministro foi questionado sobre se a agenda econômica poderia ser afetada pela recente crise do presidente Jair Bolsonaro com o seu partido, o PSL, mas evitou responder. “Eu não entendo nada de política, troca de partido, essas coisas, não entendo nada”, limitou-se a dizer.

Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que foi divulgado ontem e mostrou deflação, Guedes disse que viu o resultado de forma positiva. “Inflação baixa mostra que o Brasil tem condições de baixar juros”, disse. “O que está acontecendo é que a economia está começando a crescer com inflação baixa”, acrescentou.
 


"Vamos chegar à 50ª até 2022 nos dois principais rankings de competitividade, do WEF e do Doing Business, do anco Mundial. Essa meta é ousada, mas factível”

Carlos da Costa, 
secretário especial de Produtividade, Emprego e 
Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia


Ranking do WEF

Índice de Competitividade Global


Posição Nota


1 Cingapura 84,8

2 Estados Unidos 83,7

3 Hong Kong 83,1

4 Holanda 82,4

5 Suíça 82,3

6 Japão 82,3

33 Chile 70,5

48 México 64,9

54 Uruguai 63,5

57 Colômbia 62,7

62 Costa Rica 62,0

65 Peru 61,7

66 Panamá 61,6

71 Brasil 60,9


Fonte: WEF


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