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Estado de Minas CRISE

Com temor de perder emprego, belo-horizontino reduzirá gastos

É o que mostra pesquisa de opinião feita em BH, apesar do aumento do otimismo do consumidor da capital em setembro


postado em 09/10/2019 04:00 / atualizado em 09/10/2019 09:27


Desemprego alto e o medo de ficar sem trabalho são os principais fatores que explicam postura conservadora nos gastos pelos clientes na capital (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press 18/1/12)
Desemprego alto e o medo de ficar sem trabalho são os principais fatores que explicam postura conservadora nos gastos pelos clientes na capital (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press 18/1/12)

Os consumidores de Belo Horizonte estão vivendo dupla sensação quanto ao futuro da economia e de sua situação financeira. Segundo a pesquisa “Quaest/CDL: Economia e Consumo em Belo Horizonte”, apesar da demonstração de otimismo com os próximos seis meses, o comportamento do consumidor é conservador, inclusive com a busca de economizar nos gastos. É que está por trás do universo de 77% dos entrevistados que estão atualmente empregados no regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), mas temem perder o emprego.

Apenas 22% não demostraram tal temor e outros 2% não souberam ou não responderam a pergunta. O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 9 de setembro nas nove regionais da capital mineira. Foram entrevistas 1 mil pessoas com idade entre 18 e 75 anos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Além disso, os números mostram que a quantidade de pessoas que têm perdido emprego, considerando as três últimas pesquisas, vêm só aumentando. Em maio, 33% responderam sim à pergunta sobre se alguém do domicílio havia ficado desempregado nos últimos 12 meses. Esse percentual passou para 39% em julho e alcançou 41% em setembro. Por outro lado, a parcela daqueles que não tinham ninguém em casa que perdeu o posto de trabalho caiu de 67%, em maio, para 61% em julho e chegou a 59% atualmente.

Por outro lado, o que demonstra a dualidade é que, quando perguntados sobre como a vida financeira estará no futuro, a maioria dos entrevistados apontaram melhora no indicador. Em maio, 30% estavam otimistas e acreditando na melhora. Na medição de julho, o percentual diminuiu para 22% e no levantamento de setembro atingiu a maior marca da série, de 37%.

Há ainda os que consideram que tudo vai ficar igual. Nesses casos, na primeira pesquisa o percentual era de 49%, subindo para 56% em julho e caindo para 41% em setembro, menor marca da série. Os que consideram que vai piorar ficaram em nível estável em 18% em maio e 20% nas pesquisas seguintes.

Se o recorte da pesquisa sobre o futuro da vida financeira considerar as faixas etárias, os jovens entre 18 anos e 29 anos são os mais otimistas. Na medição mais recente, 43% consideram que ela vai melhorar. Para quem tem entre 30 e 59 anos esse número cai para 40%. Já as pessoas em idade madura – 60 anos a 75 anos –, estão menos esperançosas e apenas 19% dos entrevistados nessa faixa etária considera que a vida financeira vai melhorar.

De acordo com instituto de pesquisa Quaest, é nítido o aumento na proporção dos consumidores que acreditam que a situação financeira vai melhorar nos próximos seis meses, realidade que engloba todos os estratos socioeconômicos, mas ainda há temor. “Mesmo com essa expectativa, a proporção dos que pretendem economizar mais nos próximos meses continua elevada, o que significa que, embora os consumidores olhem para fora de suas casas com uma perspectiva otimista e vislumbrem possibilidades de melhora, ao trazer o olhar para dentro de suas residências e sua vida cotidiana, não percebem uma real melhoria – logo, o otimismo não se traduz em mudanças em seu comportamento de consumo”, afirma relatório do instituto Quaest.

Ainda segundo a análise do instituto, a o aumento do desemprego real e o medo de um possível desemprego são os principais fatores que explicam o fato de o comportamento na prática não acompanhar o otimismo com o futuro. 


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