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Estado de Minas AFROUXAMENTO MONETÁRIO

Taxa de juros cai a 5,5%, como investidor esperava

Pela segunda vez no governo de Jair Bolsonaro, a chamada Selic, que serve de referência a bancos e ao comércio, sofre corte. Justificativa é favorecer retomada em ritmo gradual


postado em 19/09/2019 04:00 / atualizado em 18/09/2019 22:03


 
Ambiente analisado em relatório do Banco Central, incluindo o comportamento do comércio, prevê contínua retomada da atividade econômica(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 11/5/15 )
Ambiente analisado em relatório do Banco Central, incluindo o comportamento do comércio, prevê contínua retomada da atividade econômica (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press %u2013 11/5/15 )







Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) confirmou, ontem, as expectativas dos analistas de bancos e corretoras e decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 6% ao ano para 5,5% anuais. Com a decisão, a Selic, – que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio –, fica no menor nível desde 1999, quando passou a ser usada como instrumento de política monetária no Brasil. Pela segunda vez no governo de Jair Bolsonaro, a taxa é cortada, uma vez que em junho o Copom reduziu o juro básico de 6,50% para 6% ao ano.

“Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 5,50% a.a”, diz a nota divulgada no começo da noite pelo BC. Ainda de acordo com o comunicado, os indicadores de atividade econômica divulgados desde a reunião anterior sugerem retomada do processo de recuperação da economia brasileira.

“O cenário do Copom supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual. No cenário externo, a provisão de estímulos monetários adicionais nas principais economias, em contexto de desaceleração econômica e de inflação abaixo das metas, tem sido capaz de produzir ambiente relativamente favorável para economias emergentes. Entretanto, o cenário segue incerto e os riscos associados a uma desaceleração mais intensa da economia global permanecem.” A decisão de reduzir os juros básicos foi tomada num momento também de alto desemprego e perspectiva de baixo crescimento no mundo.

Desde junho, quando o Copom reduziu a Selic de 6,5% para 6%, os juros passaram a ser o menor desde a adoção do regime de meta de inflação, instituído em 1999. Antes daquele corte, a Selic ficou em 6,5% por 16 meses, depois de 12 cortes seguidos.

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relatório Focus (feito a partir da consulta a uma centena de analistas de bancos e corretores) –, o BC alterou sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 de 3,6% para 3,3%. Para 2020, a expectativa passou de 3,9% para 3,6%.

No cenário de referência, em que o BC utilizou nos cálculos uma Selic fixa de 6% anuais e dólar a R$ 4,05, a projeção para o IPCA em 2019 passou de 3,6% para 3,4%. Para 2020, o índice projetado se manteve em 3,6%. O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). A meta para 2021é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00 a 5,00%).

Repasse pelos bancos 

Após a divulgação da taxa básica de juros, o Itaú Unibanco anunciou redução dos juros de suas linhas de crédito. O banco vai repassar integralmente o corte de 0,50 ponto percentual definido pelo Copom. Em nota, a instituição informa que para pessoa física, a queda ocorrerá no empréstimo pessoal e, no caso de pessoa jurídica, no capital de giro. Os novos valores passam a valer a partir de amanhã, variando conforme o perfil do cliente e de seu relacionamento com o banco.

O Itaú também reduzirá a taxa mínima da linha de crédito imobiliário e passa a oferecer o financiamento de imóveis com juros a partir de 8,1% ao ano + TR a partir da segunda-feira que vem. Antes, as taxas iniciavam em 8,3% ao ano TR.

O Bradesco, por sua vez, informou que reduzirá as taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir da segunda-feira da semana que vem, acompanhando a decisão do Copom de baixar a taxa Selic de 6% para 5,50% ao ano. O banco não informou, entretanto, quais serão as linhas que terão as taxas reduzidas.

Acertada 

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) apoiou a decisão do Copom. Em nota, a federação afirmou que o corte na taxa básica de juros é uma medida “acertada”, enquanto as reformas Tributária e da Previdência não avançam. 

O corte da Selic agradou também aos empresários do comércio, de acordo com nota emitida pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva. “A expectativa dos setores de comércio e serviços é de que o governo continue a desacelerar os juros para estimular as vendas e promover a retomada de crédito tanto para os consumidores, quanto para os empresários”. O presidente da CDL-BH diz, ainda, que apesar do cenário econômico estar melhor quando comparado aos últimos anos, com os principais indicadores macroeconômicos apresentando melhora, o ritmo de crescimento continua lento e longe do ideal para uma retomada efetiva da economia. (Com agências)

 
 
 
 
Cenário do novo corte

» Recuperação lenta da economia brasileiro

» Desemprego alto

» Inflação abaixo da meta definida pelo governo

» Queda das taxas de juros em países desenvolvidos e nos emergentes, como o Brasil

» Perspectiva de baixo crescimento no mundo
 
 
 
 

Deflação dos alugUéis 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, sofreu deflação (queda de preços) de 0,28% na segunda prévia da inflação deste mês. A taxa é maior que a da segunda prévia de agosto, quando o IGP-M registrou índice -0,68%. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado da segunda prévia de setembro, o IGP-M acumula inflação de 3,80% no ano e de 3,08% em 12 meses.
 
 
 

inflação
3,4

Nova projeção do IPCA em 2019 


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