Diante da perspectiva de reaquecimento da economia, o mercado brasileiro de papel e celulose dá sinais de que há espaço para novos projetos. Ontem, o Grupo Bracell, que faz parte da RGE, sediada em Cingapura, confirmou investimentos de R$ 7 bilhões para expandir a produção de celulose solúvel, até 2021, em suas fábricas de Lençóis Paulista e Macatuba, no interior de São Paulo. A obra de expansão representa o maior investimento privado no estado dos últimos 20 anos.
“Nossa ambição é ser não só uma das maiores operações de celulose solúvel no mundo, mas também uma das empresas mais responsáveis nos quesitos social e ambiental”, disse Carlos Pastrana, diretor do projeto de expansão. “Além de criar empregos e oportunidades de carreira para milhares de pessoas no Brasil, definiremos os mais altos padrões para o uso sustentável de recursos renováveis”. A ofensiva bilionária da multinacional criará oportunidades de emprego nas cidades próximas: Agudos, Areiópolis, Bauru, Pederneiras, São Manuel, Barra Bonita, Jaú e Igaraçu do Tietê.
Além das cifras envolvidas, o anúncio chama a atenção pelo número de empregos que deve gerar. Em um período de dois anos, o projeto de expansão da Bracell empregará cerca de 7,5 mil pessoas durante o pico da obra, com uma média de aproximadamente 3 mil trabalhadores. Após a conclusão, a fase de operação empregará cerca de 2,1 mil funcionários diretos e 1,9 mil terceirizados de forma permanente na fábrica e nas atividades florestais.
“Para que este projeto ganhe vida, queremos trabalhar com os melhores talentos e tecnologias disponíveis no mundo”, acrescenta Pedro Wilson Stefanini, diretor da Bracell São Paulo. O executivo ainda reforça que as oportunidades ocorrerão não só na área fabril, mas também em atividades florestais presentes em cerca de 50 municípios paulistas.
“Para que este projeto ganhe vida, queremos trabalhar com os melhores talentos e tecnologias disponíveis no mundo”, acrescenta Pedro Wilson Stefanini, diretor da Bracell São Paulo. O executivo ainda reforça que as oportunidades ocorrerão não só na área fabril, mas também em atividades florestais presentes em cerca de 50 municípios paulistas.
Segundo a empresa, a nova fábrica terá uma linha flexível projetada para produzir prioritariamente celulose solúvel e contará com novas tecnologias. Entre as principais inovações está o conceito de biorrefinaria, que reduz o desperdício e obtém valor em todos os fluxos potenciais, resultando em baixo consumo de água, baixa emissão e mínimo uso de combustíveis fósseis.
Quando o projeto de expansão for concluído, a capacidade de produção total da Bracell, considerando as operações da Bahia e São Paulo, passará para aproximadamente 2 milhões de toneladas de celulose solúvel por ano.
A celulose solúvel é um dos principais ingredientes usados para criar uma ampla gama de produtos, desde têxteis, armações de óculos, até embalagens de salsichas e produtos farmacêuticos, bem como produtos industriais como cabos de pneus de alto desempenho.
Quando o projeto de expansão for concluído, a capacidade de produção total da Bracell, considerando as operações da Bahia e São Paulo, passará para aproximadamente 2 milhões de toneladas de celulose solúvel por ano.
A celulose solúvel é um dos principais ingredientes usados para criar uma ampla gama de produtos, desde têxteis, armações de óculos, até embalagens de salsichas e produtos farmacêuticos, bem como produtos industriais como cabos de pneus de alto desempenho.
O otimismo da Bracell contrasta com um ambiente de incertezas no mercado de papel e celulose global. De acordo com Credit Suisse, os estoques mais altos de papel e as vendas ainda pressionadas “indicam que a demanda final para papel permanece fraca, sem sinais tangíveis de recuperação em um futuro próximo”.
Em relatório assinado pelos analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha, o banco avalia que compra pelas empresas deverá permanecer “tímida, devido aos altos estoques”. Além disso, caso não haja contraparte da demanda, o Credit Suisse projeta recuo das margens do setor.
“No geral, projetamos que os preços de papel e celulose deverão continuar pressionados nas próximas semanas e podem chegar a mínima de US$ 470 por tonelada”, afirmam os analistas, listando recomendação neutra para os papeis da Suzano (SUZB3), com preço-alvo de R$ 34,50, com potencial de valorização de 10,2% em relação ao último período.
Em relatório assinado pelos analistas Caio Ribeiro e Rafael Cunha, o banco avalia que compra pelas empresas deverá permanecer “tímida, devido aos altos estoques”. Além disso, caso não haja contraparte da demanda, o Credit Suisse projeta recuo das margens do setor.
“No geral, projetamos que os preços de papel e celulose deverão continuar pressionados nas próximas semanas e podem chegar a mínima de US$ 470 por tonelada”, afirmam os analistas, listando recomendação neutra para os papeis da Suzano (SUZB3), com preço-alvo de R$ 34,50, com potencial de valorização de 10,2% em relação ao último período.