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Tecnologia e inovação: América do Sul está em busca do tempo perdido

Pesquisa aponta falta de recursos em inovação como risco a empresas. Estudo indica que 60% dos executivos acreditam que, sem novas tecnologias, negócios cairão ou morrerão


25/09/2018 06:00 - atualizado 25/09/2018 08:41

Automatização é um dos processos que farão a diferença em competitividade, na avaliação de empresários sul-americanos: eles veem interferência do Estado como um dos principais desafios para os investimentos
Automatização é um dos processos que farão a diferença em competitividade, na avaliação de empresários sul-americanos: eles veem interferência do Estado como um dos principais desafios para os investimentos (foto: Pau Barrena/AFP 5/4/17)

São Paulo – Os últimos quatro anos foram difíceis para as empresas da América do Sul por causa de indefinições políticas, problemas macroeconômicos locais, variações nos preços das commodities e questões cambiais, que corroeram o crescimento doméstico. Por isso, muitas deixaram de lado investimentos em áreas importantes do negócio e agora vão ter de acelerar para recuperar o tempo perdido e não perder espaço para a concorrência, inclusive para startups.

Esse é um dos resultados do estudo “Indústria X.0 – Reinvenção Digital da Indústria na América do Sul”, divulgado ontem por Renato Improta, líder de Industry X.O da Accenture para a América Latina, realizado com 148 executivos do Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, representantes de 21 setores industriais.

'Estamos falando das fábricas, indústrias, mineradoras, empresas dos setores de petróleo e gás. Todos esses setores sabem que poderão aumentar seus ganhos com investimentos em tecnologias digitais' - Renato Improta, líder de Industry X.O da Accenture para a América Latina
"Estamos falando das fábricas, indústrias, mineradoras, empresas dos setores de petróleo e gás. Todos esses setores sabem que poderão aumentar seus ganhos com investimentos em tecnologias digitais" - Renato Improta, líder de Industry X.O da Accenture para a América Latina (foto: Fábio Nunes/Divulgação)

Com a possibilidade de explorar cada vez mais o potencial disponibilizado pelas tecnologias digitais ao longo das cadeias de valor industriais, mesmo setores que aparentemente não têm muita afinidade com inovações, como o de mineração, por exemplo, mostram a preocupação com a forma como esperam se posicionar no futuro para não verem seus negócios serem engolidos por concorrentes. Por um motivo simples: isso pode significar a diferença entre seguir no jogo com chances de se destacar ou desaparecer. Para 60% dos executivos entrevistados, seus negócios desaparecerão ou apenas vão sobreviver caso não sejam feitos investimentos em novas tecnologias.

“Se olharmos para trás, vemos que isso já vem acontecendo com o desaparecimento de empresas como Nokia e Kodak. Agora, esse processo vem se acelerando com o crescimento das startups e com o surgimento de unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). Hoje, um grande grupo hoteleiro não é ameaçado apenas pelo Airbnb, mas por diversas startups que vão atacando um negócio construído em uma base mais tradicional por meio de novos serviços e de muita tecnologia”, avalia o executivo da Accenture.

Se as empresas não fizerem nada, salienta Improta, vão desaparecer ou apenas brigar por preço, oferecendo commodities em vez de inovações, que são mais valorizadas.

Mesmo com tantas dificuldades, os entrevistados mostraram, segundo o resultado da pesquisa, que estão cientes da necessidade de uma transformação digital em suas operações se quiserem alcançar seus objetivos estratégicos. Para isso, será preciso ir além dos investimentos em novas tecnologias e adotar uma série de mudanças, que passam pela força de trabalho e pela agilidade.

Segundo os executivos, a inovação com tecnologias digitais pode criar oportunidades-chave, como (pela ordem de importância mostrada na pesquisa) aumentar a eficiência operacional, entregar ao cliente uma experiência muito mais personalizada e colaborar com a possibilidade de gerar negócios. Ao atingir essas expectativas e tornar o negócio mais eficiente, os executivos esperam gerar mais receita a um custo menor.

Ainda segundo os entrevistados, a transformação digital contribuirá para melhorar os níveis de produtividade e acelerar o processo de tomada de decisão. Atualmente, de acordo com o estudo, 48% das receitas anuais são originadas de produtos e serviços conectados e inteligentes, comparados com 40% há três anos e com uma projeção de 62% para os próximos três anos. Por essa razão o ganho de eficiência operacional se tornou tão relevante.


 

 

 


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